| 04/02/2010 10h08min
O atacante Salvador Cabañas, que levou um tiro na cabeça no dia 25 de janeiro, em um bar na Cidade do México, e ainda tem um projétil alojado no crânio, ainda não pode ver os filhos. O jogador está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), setor restrito do hospital.
– Não aceitamos a entrada deles porque existem áreas onde não se permite a entrada de menores de 12 anos e não queremos que eles vejam o pai com todos os tubos que colocamos por se tratar de uma imagem muito forte. Quando Cabañas deixar a terapia poderão vê-lo – argumentou o médico responsável pelo atacante, Ernesto Martínez Duhart.
O jogador ainda não tem noção de tempo e espaço, de acordo com o cirurgião. O médico não quer forçar o paraguaio a se esforçar para lembrar de situações como a cena do crime.
– Ele não tem conhecimento de tempo, mas sabe onde está. Não sabe em que data estamos nem o que aconteceu. Ele só vai dizer o que ele quiser saber – afirmou Duhart.
O médico pede paciência para que Cabañas comece a lembrar e a falar de momentos mais complexos.
– Quando ele estiver em capacidade de analisar o que passou e ficar inquieto, fará um tratamento com um psiquiatra ou uma psicóloga – ponderou.
Durante a coletiva de imprensa, Duhart explicou que o jogador não terá sequelas de movimento, fala bem, mas que não é possível confirmar se permanecerá da mesma maneira.
– Seu aparato locomotor está íntegro, mas não sabemos se terá a mesma força, apesar de o mais provável é que ele se mantenha assim. Contudo, não sabemos em quanto tempo nem quais sequelas ele pode ter. A melhora é impressionante, ele move completamente o pé e tem força - declarou.
LANCEPRESS
Homenagem a Cabañas feita pela torcida do América-MEX, no último final de semana
Foto:
Claudio Cruz, AP
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