O atacante Jobson foi julgado nesta terça-feira pela Segunda Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por duas acusações de doping por uso de cocaína durante o Brasileirão do ano passado. No entanto, o jogador surpreendeu ao revelar que a droga que usou foi o crack, e terá que ficar dois anos longe do futebol profissional.

A votação ficou empatada com dois votos pedindo dois anos e dois pedindo um ano de suspensão ao jogador, mas o presidente da sessão Paulo Valed acabou decidindo pela pena de dois anos.

Jobson foi flagrado no exame antidoping realizado após a partida contra o Coritiba, vencida pelo Botafogo por 2 a 0, no dia 8 de novembro. O segundo exame em que foi encontrada a mesma substância foi no dia 6 de dezembro, no jogo contra o Palmeiras, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O atacante foi suspenso preventivamente do STJD no dia 17 de dezembro e já cumpriu 33 dias da pena.

Durante o julgamento, Jobson afirmou que já havia fumado outras vezes e que não sabia que existia no crack a mesma substância que tem na cocaína. A última vez que fumou, segundo ele, foi antes da partida contra o Palmeiras.

O advogado do Brasiliense, clube detentor dos direitos de Jobson e que fazia a defesa do atleta, alegou que uma pena de dois anos poderia acabar com a carreira de um jogador de futebol. Completou dizendo que a cocaína não é capaz de dar um melhor condicionamento físico e que a Fifa afirma isso.

A defesa relembrou casos de doping que foram julgados no STJD no ano passado e nenhum deles tiveram condenação de dois anos. Para o advogado Carlos Portinho, Jobson precisa de tratamento.

Depois, quem falou foi o presidente do Brasiliense, o ex-deputado Luis Estevão. O político alegou que conheceu Jobson aos 16 anos e sabe a sua personalidade. Depois citou algumas matérias jornalísticas sobre crack.