Cinco dias de treinos, após um mês de folga, é pouco para fazer uma equipe jogar com desenvoltura. Este é o argumento utilizado pelo técnico Jorge Fossati para justificar a atuação discreta do Inter na vitória por 2 a 1 sobre o Inter B, nesta tarde de domingo, em jogo-treino disputado em Bento Gonçalves.

Fossati comparou, para embasar seu argumento, a pré-temporada do Inter com a preparação antecipada do Inter B, que representará o clube no início do Gauchão 2010.

– Isso não foi jogo, foi um coletivo. É o nosso quinto dia de trabalho. O estado dos nossos jogadores e do time B é bem diferente. Eles têm 20 dias a mais de treino, estão quase em condições de começar a competição. Nós temos mais vinte ou vinte e cinco dias pela frente para poder competir. Para o nosso momento, fiquei satisfeito. Temos muita coisa a melhorar, sem dúvida nenhuma. Mas isso aí é porque a gente não trabalhou nada ainda – avalia.

Demonstrando alguma contrariedade quando as perguntas se referiam ao sistema tático 3-6-1, ou quando os repórteres pediam avaliações individuais de determinados jogadores, o treinador uruguaio se isentou de poderes sobrenaturais:

– Eu não sou mágico, não poderia ser diferente com cinco dias de trabalho.

Sobre Walter, destaque do time B na partida, Fossati reiterou o desejo de contar com o jogador no grupo principal.

– Deu para ver que ele está um pouco sem ritmo de competição, mas é evidente que ele é um dos jogadores do time B que, na hora em que estiver pronto, vai vir ao time principal – afirma.

Para o treinador, é importante corrigir principalmente o comportamento de Giuliano. Segundo ele, o jogador está preocupado demais com a marcação.

– Ele não tem que voltar tanto. Tinha momentos que ele ficava mais preocupado com a possibilidade de uma segunda bola defensiva. Ele tem que pensar em atacar também. São detalhes que vamos continuar melhorando – concluiu.