Depois de esperarem pela renovação de Cuca em dezembro, que demorou mais de uma semana para acontecer, os tricolores aguardaram ansiosamente a chegada do comandante do Fluminense a Vitória, local onde o clube faz sua prétemporada. Dois dias depois do início das atividades na capital do Espírito Santo, o treinador, finalmente, se juntou à delegação.

– Definimos a renovação pelo telefone. Nunca falei em tom de despedida. Naquela época, queria pensar apenas em 2009. Não sabia se o Fluminense ficaria na Série A, se seria campeão da Copa Sul-Americana e uma série de outros fatores. Por isso, evitava falar na próxima temporada. Se nós perdêssemos o foco, iríamos para a Série B. A renovação demorou porque passei o que queria, o projeto para 2010 e a diretoria concordou – explicou o técnico.

Sem o peso de livrar o Tricolor das Laranjeiras da zona de rebaixamento, Cuca esbanjou simpatia no reencontro com os jogadores, falou sobre o planejamento para esta temporada, sobre os seus objetivos no comando do Fluminense e prometeu o mesmo espírito guerreiro que encantou os torcedores.

– Tivemos um retorno dos jogadores. Eles deram a vida pelo Fluminense para conquistar um objetivo para muitos, impossível. Não poderíamos perder uma das últimas sete partidas. Se o time estivesse em um dia ruim, estava tudo acabado. No fim, tudo deu certo. Em 2010, o espírito do Fluminense continuará de guerreiros. Podem ter certeza. Temos de seguir com este pensamento até o fim do ano – garantiu Cuca.

Por fim, ele também lembrou que dessa vez dá início a um planejamento e o time talvez mude um pouco de perfil:

– Mantivemos a base do ano passado. Junto a isso, encaixamos novos valores no perfil que queremos. Um time mais jovem, com jogadores buscando o espaço e dando retorno em campo. É interessante para o clube, pois pode ter algo no futuro. Entendemos que esse é o caminho certo. Logicamente que não é apenas uma equipe de garotos, pois temos jogadores experientes – concluiu.