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 | 02/01/2010 16h03min

Diretoria do Criciúma luta para recuperar o prestígio do time do Sul do Estado

Dirigente acredita que pode cobrar um bom desempenho dos atletas em campo

Ana Paula Cardoso  |  ana.cardoso@diario.com.br

Se a energia e a sabedoria dos orientais alcançarem o Sul do Estado, chegará ao fim uma das fases mais difíceis da história do Criciúma. A tradição no horóscopo chinês aponta 2010 como o ano do Tigre (explosivo, de grandes mudanças).

Até a estreia no Estadual, a diretoria corre contra o tempo para recuperar o moral e a auto-estima do tricolor. Após duas temporadas em baixa, o Criciúma busca motivação, luta por contratações e para colocar as contas em dia. O diretor de futebol, Ervínio Filho, o Preto, planeja estratégias como levar até o vestiário craques como Valdomiro, Itá, Vanderlei, Paulo Baier, e torcedores fanáticos conhecidos:

— Os jogadores têm que entender o significado da vitória e que eles mobilizam uma cidade. Precisam ouvir as histórias vencedoras, porque a carreira deles é curta e têm que mostrar a que vieram — salienta Preto.

Com as contas em dia, o dirigente acredita que pode cobrar o bom desempenho em campo que há tempos não se vê. Antes do Natal, a diretoria conseguiu pagar os salários de novembro a atletas e funcionários. O dinheiro veio de um empréstimo e não incluiu o 13º salário. Mas de acordo com o presidente do clube, Edson Búrigo, até o início do Catarinense todas as contas estarão pagas:

— Dinheiro não é razão de tudo. Os problemas terão que ser resolvidos com ações conjuntas com marketing e parcerias. Nosso desafio é recuperar a imagem — aponta Búrigo.

Dos 9 mil sócios dos bons tempos, o Criciúma tem hoje pouco mais de 3 mil, que geram receita mensal de R$ 100 mil, longe das necessidades do clube. Esses números preocupam Búrigo, mas ele acredita que os sócios devem retornar durante o Estadual.

Saída está na base

A força da camisa tricolor, a história do clube e os títulos sempre pesaram nas contratações de profissionais, mas parece que agora, com fraco calendário, está bem mais complicado bancar as negociações. Com dificuldade financeira, o Tigre precisa contar com os parceiros para investir:

— Emperramos no tempo de contrato. Queremos longo e os jogadores querem curto. Já nos deparamos também com desistências no meio da negociação. Agora é época de “leilão” no futebol e o atleta está aí para quem paga mais. Nesse caso não podemos criar muitas expectativas em nossa torcida — afirma o gerente de Futebol Abel Ribeiro.

A saída é apostar nos atletas de base. O elenco que atuou na Copa Santa Catarina é considerado de boa qualidade por Ribeiro. Para completar o grupo, o gerente pretende encontrar um “recheio de qualidade”, com quatro atletas (um goleiro, dois zagueiros e um lateral-esquerdo) para dar a largada no Campeonato Estadual:

— Haverá cada vez mais investimentos nos atletas das categorias de base e mais valorização da estrutura do clube. Começamos a pré-temporada no dia 16 de dezembro no Estádio Heriberto Hülse e aqui ficaremos. O custo é menor e temos mais conforto — justifica Abel Ribeiro.

A movimentação no Tigre

QUEM SAIU

André Zandoná - goleiro; Filipe - zagueiro; Raphael - zagueiro; Éder - lateral-direito; Fabinho - lateral-esquerdo; Carlos Alberto - lateral-esquerdo; Mateus - meia; Davis Dener - meia; Zulu - atacante

QUEM CHEGOU

Nicolas Cardozo - atacante, Glaydson - volante

QUEM FALTA

- 1 goleiro; 1 lateral esquerdo; 2 zagueiros

 
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