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 | 26/12/2009 14h50min

Grêmio precisa pagar R$ 30 milhões para liberar Olímpico

Aére do Estádio será repassada para a OAS, em troca da Arena

O Grêmio ainda precisará pagar R$ 30 milhões para livrar o Olímpico de penhoras e repassar a área para a OAS. A entrega do estádio, livre de ações judiciais, é uma das cláusulas do contrato firmado com a construtora baiana, que, em troca, erguerá a arena no bairro Humaitá.

Uma das estratégias do departamento jurídico, a partir de 2010, é tentar transferir as penhoras do Olímpico para os centros de treinamento do Cristal e de Eldorado do Sul. Para isso, no entanto, é necessária a concordância dos credores. Todos eles, em princípio, mostram-se relutantes em aceitar a troca, dada a diferença de valorização entre os terrenos.

Em setembro, o Olímpico quase foi a leilão por conta da dívida de R$ 7,6 milhões com Zinho, que atuou no Grêmio entre 2000 e 2002. A área do estádio já havia sido avaliada em R$ 65 milhões. Um acordo firmado com o ex-jogador evitou o leilão. No final de janeiro, ainda como parte do acerto, Zinho receberá a carta de crédito de 1,5 milhão de euros dada pelo Spartak Moscou como garantia da complementação do pagamento do volante Rafael Carioca. 

— Claro que não deixaríamos chegar ao ponto de ir a leilão — garante o advogado Cláudio Batista.

Dívida fiscal do clube não será convertida em penhora

Outra ação judicial convertida em penhora que preocupava a direção era referente à contratação de Paulo Nunes, também em 2000. A solução veio com a ida do zagueiro Léo para o Palmeiras. A dívida com o ex-atacante, campeão da Libertadores de 1995, chegava a R$ 8 milhões e foi abatida em R$ 6,5 milhões. O restante será pago, a partir de março, em 15 parcelas de R$ 100 mil.

Um terceiro caso que ainda remete à época da parceria com a suíça ISL é o de Rodrigo Mendes, hoje no Novo Hamburgo. A dívida com o Flamengo também é de R$ 8 milhões. Nessa ação, contudo, o Grêmio não optou por um acordo. Acredita que poderá ganhar o caso quando ele for a julgamento.

A dívida fiscal do clube, que beira os R$ 100 milhões, não será convertida em penhora, acredita Cláudio Batista. Como ela vem sendo abatida através dos descontos mensais do Timemania, não deverá ser empecilho para a liberação do Olímpico para a OAS.

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