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Esportes  | 24/12/2009 10h29min

Leandro teve ano difícil no Japão

Novo atacante do Grêmio marcou poucos gols mas evoluiu taticamente

Reforço do Grêmio para 2010, Leandro já conheceu o Olímpico, mas ainda não vestiu a camiseta. A apresentação oficial, prevista para quarta-feira, acabou adiada devido à falta da liberação do atacante pelo Tokyo Verdy. Grêmio e jogador, no entanto, garantem que a contratação está assegurada.

Leandro voltou ainda na quarta para São Paulo a família vive em Ribeirão Preto. Enfrentou exames médicos e só escapou do calor gaúcho durante a reunião com Luiz Onofre Meira, na sala da vice-presidência de futebol, no Olímpico. Na saída, às 12h57min, caminhou com os braços cruzados e disse poucas palavras, sem sorrir.

— Um pouco de paciência e dará tudo certo. Aqui é dia e lá (no Japão), é noite. Com os detalhes resolvidos, teremos final feliz. Certeza, só dia 5 — afirmou.

A ideia, porém, é que a saída do Tokyo Verdy — com quem tem contrato até janeiro de 2011 — seja resolvida em até 48 horas. A nova apresentação ficou para o dia 4, quando Leandro deverá enfim ser jogador do Grêmio. Nada de empréstimo: Leandro terá os direitos vinculados ao clube.

Técnico do Cerezo Osaka, do Japão, Levir Culpi enfrentou três vezes o time de Leandro, o Tokyo Verdy, pela J-League 2 (a segundona japonesa). De férias em Curitiba, contou que o atacante destoava dos outros em termos de movimentação e qualidade técnica. Também elogiou o espírito, de quem “não gosta de perder”.

Leandro, porém, marcou nove gols em 54 partidas pelo Verdy. Levir tem uma explicação:

— O time dele não andou bem. Foi mal. O Leandro ficou meio sozinho na parada. Só tinha ele de estrangeiro. Sofreu um pouco.

Conforme o técnico, Leandro atuava como um segundo atacante. Também jogou mais recuado, como meia, pelo lado do campo. Mas acha que o sacrifício valeu pelo enorme aprendizado em termos táticos, porque os japoneses imitam a estrutura do futebol europeu. Apostam nas duas linhas de quatro, com times compactos. E na disciplina rígida.

— O cara tem que cumprir o papel que o técnico manda — assegurou.

Sobre a contratação pelo Grêmio, acredita que fatores financeiros podem ter pesado, mas a favor dos brasileiros. Porque o Verdy sofreu os efeitos da crise econômica mundial, especialmente quando caiu para a J-League 2, no ano passado. Segundo Levir, os dirigentes japoneses são pragmáticos em relação a cortes de despesas.

— Acho que o Leandro estava muito caro para o Tokyo. Era um jogador muito valorizado — raciocinou.

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