A barbárie ocorrida no último dia 6 ainda ecoa pelo Couto Pereira. Em seu gabinete, Jair Cirino, presidente do Coritiba, tenta reconstruir um clube abalado pelas imagens que rodaram o mundo. Candidato único na eleição do dia 21 de dezembro, ele seguirá no comando do Coxa nos próximos dois anos.

Confira os principais trechos desta entrevista.

Arrependimento?

– Não mudaria as medida preventivas que tomamos. Eu tinha informações que os atos seriam praticados. A secretaria de Segurança Pública foi notificada. Mandei também reforçar nossa segurança.

Relação com organizada

– Rompemos definitivamente com a Império Alviverde. Não terão mais benefício, não distribuiremos mais nada para eles. Adereços no estádio também serão vetados.

Decisão do STJD

– Respeito, mas discordo. Temos expectativa de absolvição ou de drástica redução da pena. Já protocolamos o recurso.

Defesa

– Não mudaremos uma linha. Estamos demonstrando com provas que fizemos tudo para evitar o ocorrido. Soubemos quatro dias antes que aquilo poderia acontecer. O Tribunal está certo de que somos os culpados, nós cremos que não.

Investigações

– Estamos ajudando os órgãos competentes, isso é caso de polícia. O ideal seria todos esses vândalos fossem impedidos de ir aos estádios.

Prejuízos

– São de todos os lados. Financeiro, institucional e de imagem. No entanto, esses atos não mancham a torcida do Coxa. Esses desordeiros disfarçados de torcedores engrandecem nossa verdadeira torcida.

Eleição

– A oposição não inscreveu chapa, foi uma opção deles. Talvez não tenham desejado enfrentar a situação. O Conselho Deliberativo, que é nosso colégio eleitoral, me estimulou a tentar a reeleição.

Perigo

– Recebi ameaças, estou andando com seguranças, mas não me intimido. Ficarei por mais dois anos à frente do Coritiba e venceremos a crise com o apoio dos torcedores.

Futuro

– Somos e sempre seremos o maior clube do Paraná, além de sermos um dos maiores do Brasil. Estaremos na Série A em 2011.