O Grêmio buscou conhecer melhor seu torcedor em 2009. A partir do cadastramento do Exército Gremista, que obteve R$ 312 mil de lucro desde o lançamento em setembro, o clube organizou um banco de dados que já conta com mais de 150 mil pessoas. A ideia é ampliar o número e fazer com que esses torcedores migrem para o quadro social. Aliás, esse será o objetivo principal do planejamento de marketing em 2010: fidelizar o associado.

– Estamos fazendo um plano de fidelização dos sócios. Como há em companhias aéreas, bancos. Uma espécie de milhagem em que o associado acumula pontos. A pessoa terá desconto na loja, na mensalidade. Hoje temos 52 mil sócios em dia – explica o vice de marketing do Grêmio, Cesar Pacheco.

O plano de milhagem trará vantagens, mas antes disso há o trabalho para atrair mais sócios. Nesse ponto, a principal ferramenta é o Exército:

– Alguns desses "soldados" já são sócios, outros não. Temos que fazer essa migração. As receitas do quadro social e do marketing vão virar a pirâmide. Não vamos mais precisar nos desfazer de jogadores para sustentar o clube – projeta o gerente executivo de marketing, Caco Keller.

Outro projeto para 2010 é a criação de uma área vip no Olímpico. O ambiente para o torcedor acompanhar os jogos será diferenciado com cadeiras estofadas, som ambiente, deslocamento para o estádio em vans climatizadas, segurança privada, serviço de buffet e open bar.

– É uma parceria do Grêmio. Esperamos que isso vá agregar um valor. Focamos nesse público também, empresários, grandes comerciantes – comenta Pacheco.

Produtos licenciados

Os licenciamentos de produtos com a marca Grêmio também constituem uma fonte de recursos importante para o clube. Pelo menos 73% dos torcedores usam mercadorias originais, o que tem impulsionado negócios. A loja Grêmio Mania situada no Olímpico teve um crescimento de 185% nos rendimentos entre 2005 e 2009. Nos outros 39 estabelecimentos do clube o aumento foi ainda mais significativo - 6.533%.

– Na área de licenciamento, ano passado fizemos R$ 4,6 milhões e em 2009 devemos chegar perto dos R$ 6, R$ 7 milhões. A marca do clube é muito valorizada. Em quadro social, marketing, licenciamento, Grêmio e Inter estão no topo – salienta Pacheco.

As empresas que buscam associar seus produtos à marca do Tricolor passam por critérios de avaliação. A variedade é grande e cresce a cada ano.

– É um trabalho que o Grêmio faz bem. Temos arroz, papel, computador, azulejo, entre muitos outros, uma gama de contratos muito bons. É um dos ramos do marketing que mais está crescendo – confirma o vice de marketing.