| 14/12/2009 22h10min
De saída do Figueirense, o atacante Rafael Coelho participou do programa TVCOM Esportes desta segunda-feira, dia 14, e confirmou que não vestirá o uniforme alvinegro em 2010. Com o conhecimento de quem foi formado nas categorias de base do Furacão, onde ficou por sete anos, Coelho opinou sobre o possível fim da parceria com a Figueirense Participações, cujo futuro será decidido em reunião nesta terça-feira, dia 15.
>>> Assista a entrevista de Rafael Coelho ao TVCOM Esportes
Segundo o artilheiro da Série B (anotou 17
gols), o Figueira pode ser prejudicado caso encerre a parceria com a empresa:
— A Figueirense
Participações mostrou nos últimos anos ser muito forte. Infelizmente tivemos a queda no ano passado, e esse ano não conseguimos o acesso. Mas a gente sabe como a Figueirense Participações trabalha. Eu, que estava lá dentro todo dia, sei que nunca deixaram me faltar nada, sempre me deram toda a estrutura possível. Com certeza a saída da Figueirense Participação vai enfraquecer o Figueirense — declarou.
Falta de cobrança
O atacante também ressaltou a união do grupo de jogadores que não conseguiu devolver o Alvinegro à Primeira Divisão, e opinou que a principal falha da equipe foi falta de cobrança entre os atletas em momentos-chave do campeonato:
— Tanto os mais novos quanto os mais velhos sempre deram-se bem. Sempre brincamos um com o outro, sempre conversávamos. Acho que faltou um pouco mais de cobrança apenas. Éramos uma família dentro do Figueirense, e acho que faltou um pouco mais de cobrança. Um time que tem só apoio
e não tem cobrança complica um pouco. A gente
deixou a desejar um pouco nesta situação, além dos altos e baixos dentro do campeonato. Desperdiçamos muitos pontos.
Analisando as propostas
Com propostas para transferir-se para o Vasco ou para o Red Bull, da Áustria, Coelho diz não saber ainda aonde jogará em 2010. Ele vê vantagens e desvantagens em ambas as propostas, e promete analisar as negociações com calma antes de se decidir:
— Sou pouco conhecido no Brasil ainda. Se for para o Vasco e fizer um bom campeonato, meu nome vai crescer muito mais e irão aparecer muito mais propostas de fora — prevê.
— Acho que a vontade de todos os jogadores brasileiros que estão começando agora é de ir para o exterior. Tem que estudar, ver como o clube se suporta dentro do campeonato austriaco, ver se o clube disputa uma UEFA, uma Champions League. Isso tudo conta, agora é só sentar e pensar qual é o melhor para
mim.
Aprendizado alvinegro
Por fim, o artilheiro do Figueirense na
temporada (marcou ao todo 26 gols) despediu-se do Alvinegro afirmando que o aprendizado que adquiriu no time catarinense servirá para guiá-lo por toda a carreira profissional:
— Passei por momentos muitos difíceis na minha vida e isso tudo me serviu de lição para que eu pudesse, quando estivesse pronto como estou agora, chegar em um time grande e não deixar cair o meu futebol. Que eu possa, quando estiver em um momento triste num clube grande, relembrar os momentos que passei de dificuldade no Figueirense, não por causa do clube, mas por causa de mim mesmo. Que isso tudo sirva de lição pra mim — encerrou.
Segundo Coelho, Figueira pecou pela falta de cobrança entre os jogadores durante a Série B
Foto:
Flávio Neves
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