| 13/12/2009 15h28min
Em 2010, Lucas di Grassi, enfim, realizará seu sonho e estará no comando de um carro de Fórmula-1. Com seu ingresso na principal categoria do automobilismo, o Brasil contará com quatro pilotos na abertura da temporada em 14 de março, no Bahrein.
O anúncio oficial da escuderia que defenderá só será realizado na próxima quinta-feira, em uma entrevista coletiva. Porém, apenas um enorme imprevisto fará com que o piloto não confirme que é da Virgin/Manor.
Di Grassi viajou ontem para a Europa para acertar os últimos detalhes do contrato com a equipe que estreará na Fórmula-1, em 2010. Antes, ele encontrou um tempo para bater um papo exclusivo. Na entrevista, o ex-piloto de testes da Renault fala sobre os objetivos para seu primeiro ano na categoria, a relação com patrocinadores em tempo de crise mundial e o que pretende fazer para receber o reconhecimento do público brasileiro, acostumado com nomes como Massa, Senna e Barrichello.
Pergunta: Você ainda não anunciou a equipe, mas confirmou que vai estar na Fórmula-1. Depois de tanto batalhar ao longo dos últimos três anos conseguiu, enfim, realizar seu sonho?
Sem dúvida. Depois de tanta batalha e tempo dedicado para conseguir chegar à Fórmula-1 finalmente realizei meu sonho. Cada vez o degrau fica mais alto para você subir, mas consegui passar por um dos mais difíceis. Agora é focar nas próximas metas.
Pergunta: Além da sua entrada na Fórmula-1, você anunciou o patrocínio com uma empresa fabricante de xampu. Como foi para fechar esse acordo?
Foi uma coincidência. Acabou aliando o interesse deles (Clear) de entrar na Fórmula-1 e o meu, de contar com um patrocinador. Até agora estou muito feliz com essa parceria, está tudo excelente. Espero que só cresça cada vez mais.
Pergunta: Esse contrato de patrocínio foi fundamental para sua entrada na Fórmula-1. Sem ele você não correria no ano que vem?
É difícil responder, mas com certeza o patrocínio ajudou. É muito importante ter uma empresa ajudando. Na conversa com as equipes nunca houve essa necessidade, mas quanto mais patrocínio você tem, mais fácil fica para a negociação com os times.
Pergunta: Tem piloto que leva dinheiro para as equipes. É seu caso?
Minha conversa inicial nunca foi para levar patrocínio, mesmo porque eu não tinha. Estou levando também uma empresa para a equipe. Se outras empresas brasileiras ou estrangeiras tiverem interesse, o espaço está aberto.
Pergunta: Você já teve contato com o carro que vai dirigir em 2010?
Não. Sei que o projeto vai bem, e com certeza, o carro vai para a pista nos primeiros treinos.
Pergunta: Qual sua meta para 2010?
É muito difícil falar. Depende muito do carro que terei. Não dá para saber até irmos para a pista.
Pergunta: Você diz que não quer estipular metas para a temporada. Mas pontuar será uma delas?
Sem dúvida. Vou tentar ganhar todas as corridas como sempre faço, seja no kart ou no videogame. Mas tudo vai depender muito do carro. Só terei uma ideia real com o desenvolvimento nos testes.
Pergunta: No ano que vem serão quatro brasileiros na Fórmula-1. Sua entrada mostra a importância e a força do Brasil na categoria?
O Brasil sempre foi berço de novos pilotos muito bons. Pilotos como Senna, Emerson e Piquet, que foram campeões. Fazer parte desta lista restrita de Fórmula-1 é um sonho realizado.
Pergunta: O que você achou da mudança no sistema de pontuação? É favorável aos novatos?
De uma certa forma sim, dá uma chance de ficar na zona de pontuação. Para quem terminar lá pelo décimo lugar, vai ser um estímulo de levar ao menos um ponto.
Pergunta: Entre os brasileiros que vão correr, talvez você seja o menos conhecido. Como você pode conquistar a simpatia do povo?
Meu foco é fazer meu trabalho bem feito. Se fizer corridas boas, for arrojado e fizer o povo brasileiro ter alegrias, e por consequência ele acabará me apoiando. Meu foco não é conquistar o povo, mas sim realizar meu trabalho.
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