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 | 04/12/2009 07h15min

África do Sul aguarda Copa para mostrar crescimento do país

País quer oportunidade para mostrar igualdade dos negros

Cleber Grabauska, enviado especial/África do Sul  |  cleber.grabauska@rdgaucha.com.br

Durante os anos em que brigou contra o Apartheid, tudo o que Nelson Mandela pedia era uma oportunidade igual aos negros da África do Sul. No mundo do futebol, essa oportunidade está chegando com a Copa do Mundo, quando pela primeira vez na história o Mundial será realizado no continente africano.
 
Enquanto nós, brasileiros, contamos as horas para conhecer os primeiros adversários, a África do Sul conta os dias para o início do Mundial que mostrará o crescimento do país após o fim do regime racista. O sonho de uma Copa na África começou nos anos setenta quando o brasileiro João Havelange apostou na força dos países africanos para assumir o comando da Fifa. E a realidade de um Mundial africano passa pela figura de Nelson Mandela, um líder que ficou preso por 27 anos e mesmo assim não desistiu do seu ideal. Resistiu, assumiu a presidência e pode ver o seu país iniciar uma nova era.
 
Nelson Mandela será a grande ausência da cerimônia desta sexta-feira. Aos 91 anos, o grande líder sul-africano está com a saúde fragilizada e evita aparições públicas. A sua mensagem no evento de hoje foi gravada e será exibida em vídeo.
 
A festa do sorteio começa às 15h (horário de Brasília) e terá Charlize Theron – a primeira atriz sul-africana a conquista o Oscar – no comando. Ao lado dela desfilarão outras personalidades sul-africanas, que, com suas presenças mostrarão os avanços e contrastes de um povo que viveu dividido de 1948 a 1990 pelo Apartheid.

Estes são os casos dos prêmios Nobel  Desmond Tutu e Frederik de Klerk, de John Smith, capitão da seleção sul-africana de rúgbi, o esporte mais popular do país, Matthew Boot, atleta que disputará a Copa de 2010 pelos "Bafana, Bafana" e Makhaya Nutini, primeiro negro a jogar na seleção nacional de críquete.
 
– Este será o mais importante evento do futebol na África, pois pela primeira vez o continente contará com seis seleções numa Copa do Mundo – destacou o Secretário-Geral da Fifa, Jérôme Valcke, que espera um recorde de audiência durante a cerimônia.
– Espero que as pessoas fiquem grudadas em suas telas durante o show – complementa.
 
Apresentação deverá ser vista por 200 milhões de pessoas em 200 países do mundo todo. E o show contará com uma animação em 3D com Zakumi, o mascote da Copa que vai interagir com Charlize Theron e shows com Soweto Gospel Choir, ganhador do Grammy, de Angélique Kidjo, cantora de Benin, e o sul-africano Johny Clegg, que interpretará uma canção com a performance do Jazzart Dance Company.

 
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