| 17/11/2009 12h41min
Localizado em Viamão, na Grande Porto Alegre, o Autódromo Internacional de Tarumã escreverá mais uma - e talvez, a última - grande página no automobilismo brasileiro neste fim de semana. A pista gaúcha, inaugurada em 1970, recebeu a primeira corrida da história da Stock Car no dia 22 de abril de 1979, com vitória de Affonso Giaffone. Neste ano, 30 após a estreia do campeonato em solo gaúcho, Tarumã se despede do calendário, já que dará espaço ao novo e moderno Circuito do Velopark, em Nova Santa Rita.
Desta forma, os pilotos terão a última oportunidade de enfrentar o desafiador traçado de 3.016 metros, com curvas famosas (como a Curva do Laço e a Tala Larga) de todos os tipos, para todos os lados.
Para compreender melhor o que esperam os competidores da Stock Car, da Pick-up Racing e da Stock Jr., os pilotos Thiago Riberi e Cadu Pasetti, ambos da Gramacho Stedile na Pick-up, fazem uma análise técnica da pista gaúcha:
Traçado
– O circuito de Tarumã, apesar de ser um circuito de apenas 3.016 metros, tem 11 curvas e difere dos demais do calendário, pois a velocidade média chega em torno de 150km/h e tem, em sua maioria, curvas de alta velocidade. Com isso qualquer erro do piloto ele perde muito tempo – declarou Thiago Riberi.
– Tarumã é uma pista rápida e extremamente divertida. Aliás, uma característica comum nas pistas do Sul, faltam algumas áreas de escape e uma estrutura melhor de box. A Curva 1 é desafiadora pelo perigo, mas, ao mesmo tempo, bacana de ser ganhar tempo – avaliou Cadu Pasetti.
Freios
– Você tem duas freadas muito fortes. Uma é na Curva do Laço e a outra é a Tala Larga, algumas curvas de alta velocidade que são as que os pilotos mais gostam. A exigência dos freios depende muito da temperatura em que a prova irá acontecer. Acredito que em Tarumã não seja a maior dor de cabeça – salientou Cadu Pasetti.
– A curva da entrada da reta exige bastante dos freios e acho que é a mais importante do circuito, pois a reta do box é em subida e, se você der uma escapada nessa curva, além de prejudicar a reta, você prejudica as curvas 1, 2 e 3, que são muito rápidas – comentou Thiago Riberi.
Pneus
– Por ter um asfalto antigo, o autódromo atenua o desgaste dos pneus; então, temos de procurar um equilíbrio do carro para não acabar com os pneus no começo da corrida e ter um carro competitivo até o final da prova – salientou Thiago Riberi.
– Não existe um cuidado especial com os pneus; acho engraçado até quando falam em poupar pneus na corrida... Se você realmente poupá-lo como deve, vai tomar um segundo por volta, coisa que não se recupera em uma corrida de 40 minutos – destacou Cadu Pasetti.
Estratégia
– Estratégia ideal na Copa Stock Car depende muito de como a corrida estiver. De repente ficar na pista muito tempo pode ser um erro, já que a prova tem grandes chances de safety e aí pode colocar tudo a perder. Acredito que tudo vai depender do andamento da corrida. Em Brasília, a gente assistiu o Allam Khodair trocar pneus e conseguir passar o Ricardo Zonta pelo rendimento diferenciado naquele momento, então fica difícil dizer. A informação que o piloto passa naquele momento, a leitura da corrida, tem uma importância fundamental. Na Pick-up, acho que largar na frente será fundamental. Largar na frente e ter um desempenho linear com pneus velhos é um diferencial para ter sucesso em Tarumã – disse Cadu Pasetti.
– A estratégia da corrida para a Copa Stock Car e a Pick-up são iguais. Acho que tem que largar na frente, pois a ultrapassagem em Tarumã é muito complicada, além de tentar manter um ritmo forte sem comprometer o equipamento – salientou Thiago Riberi.
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