Esportes | 13/11/2009 09h40min
Em mais um episódio da série Eu Sou Fanático, é a vez de Edson Cesar Santos , de Cruz Alta. Ele conta o sufoco que passou durante a Série B, quando uma grave lesão o impediu de acompanhar o Grêmio, e o desfecho inusitado da sua lesão e também do campeonato.
Envie a sua história também para o e-mail esportes@clicRBS.com.br, informando seu nome completo, profissão/ocupação e um telefone de contato, além de uma foto, e tenha a sua aventura publicada no clicEsportes.
Confira o relato de Edson:
Meu nome é Edson Cesar Santos, tenho 29 anos, moro em Cruz Alta (RS), e sou loucamente apaixonado pelo meu Imortal Tricolor, e devido à distância vou pelo menos uma vez ao mês ver jogo do Grêmio e às vezes levo meu irmão, quando o chefe
colorado o libera.
Pois bem, minhas alegrias e tristezas sempre passaram
pelo Grêmio. Quando caímos para a segunda divisão, aí foi que me liguei mais ao Grêmio, me tornei sócio e prometi ir a todos os jogos que ocorriam nos finais de semana e até alguns durante a semana. Tudo era difícil e sofrido. Nunca esqueço o jogo dos 2x2 contra a Portuguesa, um calor infernal, levamos um ônibus aqui de Cruz Alta, e ainda por cima tínhamos um colorado infiltrado, pois era uma excursão de clientes da empresa que trabalhava.
Mas o pior estava por vir, no dia 20 de setembro de 2005, rompi todos os ligamentos do joelho direito, que dor horrível e sofrimento incomparável, mas pior que isso era não poder cumprir minha promessa de estar junto com meu Grêmio no seu "santuário" Monumental Estádio Olímpico.
No dia 11 de outubro realizei minha cirurgia, 50 sessões de fisioterapia e 90 dias andando de muletas, essa foi a recomendação médica, que horror, mas fazer o quê? Todos temos provações, assim como o Grêmio no ano de 2005. Bastava-me torcer pela TV e rádio,
pois ninguém passava os
jogos da 2ª divisão.
Ao completar 45 sessões de fisioterapia ainda movimentava-me com muita dificuldade e dores no joelho, e por coincidência era dia 26 de novembro de 2005 um calor em Cruz Alta, nos reunimos na casa de um amigo quatro gremistas fiéis e de coração apertado, mas crentes do retorno, bem esta parte da história vocês conhecem, agora vem a minha parte da história.
Quando marcaram o pênalti e começaram a expulsar os jogadores, me senti culpado por não ter cumprido minha promessa até o fim, então por um impulso incontrolável fiquei em pé segurando minhas muletas. Fechei os olhos e só ouvi o grito dos amigos, saí pulando pela sala com um pé só e gritando, quando a bola voltou ao jogo e o gol "milagrosamente" acontece, "milagrosamente" eu solto as muletas e saio correndo, como se estivesse 100% ou melhor, nunca tivesse machucado o joelho. Saímos a pé da casa, e nos juntamos a todos os gremistas que invadiram a pé as ruas de Cruz Alta, comemorando.
E eu mais feliz ainda, pois
a partir daquele dia abandonei as muletas, por isso eu sou Fanático pelo meu Grêmio e sempre vou estar com ele na boa e na ruim.
"É mais fácil deixar de amar uma mulher, do que um time". Amo-te, meu Grêmio.
• A história de Rogério Dalcin virou uma charge eletrônica. Confira clicando na imagem abaixo:
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