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Esportes  | 12/11/2009 08h47min

Jeferson telefonou à Brigada para dizer que não estava sumido

Jogador do Inter B será multado por faltar aos treinos

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Jeferson, o "Mário Fernandes" do Inter, reapareceu ontem. Mas só queria dizer que não estava desaparecido. Não queria ser encontrado. O meia do Inter B, de 20 anos, telefonou às 14h20min de quarta para o 190, da Brigada Militar. Comunicou que nada havia lhe acontecido, nem sequestro nem sumiço. Na 19ª DP, assinou um termo informando que estava bem, e foi liberado.

Disse que só procurou a polícia porque ficou assustado com a repercussão de seu suposto desaparecimento. Alegou estar na casa de um amigo, no Morro da Cruz. O clube o multará por ter faltado a dois treinos e ao jogo de ontem à noite, quando o Inter B venceu o Novo Hamburgo por 2 a 0. Não está descartada a rescisão de contrato com o jogador — que recebe cerca de R$ 4 mil e tem contrato até 11 de agosto de 2010.

A mãe, Maria da Conceição dos Santos, havia recorrido à Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD). Não tinha informações do filho desde a segunda-feira pela manhã. Os dois moram juntos em um apartamento de dois quartos, no bairro Cristal, zona sul da Capital. Até ontem à noite, Jeferson não havia entrado em contato com a mãe nem com a namorada.

Também não compareceu à DHD para prestar esclarecimentos ao delegado Bolívar Llantada, que investigava o caso. O delegado ainda quer ouvir explicações, pois alega que o jogador acabou mobilizando todo o departamento.

Gustavo Valezi, zagueiro do B, também será chamado por Llantada. Jeferson foi à casa do colega na segunda-feira à tarde pedir dinheiro — pela manhã, ele havia sacado R$ 1,8 mil de um caixa eletrônico do Beira-Rio. Estava acompanhado de um desconhecido e alegou que precisava de determinada importância para enviar a Belo Horizonte. Um de seus dois filhos necessitava ser submetido a uma cirurgia na perna direita.

À polícia, alegou ter sumido dos treinos porque pedira liberação para cuidar do filho, em Minas, e não foi atendido. O clube nega ter recebido a solicitação. A família não confirma a enfermidade da criança.

— Não sei o que deu no Jeferson. Não sei onde estava a cabeça dele — lamentou a mãe.

Llantada passou a manhã de ontem assistindo a vídeos da área de embarque do aeroporto Salgado Filho. Chegou a pensar que Jeferson havia viajado, assim como Mário Fernandes, do Grêmio.

— Ainda aguardo explicações do Jeferson. É preciso ter responsabilidades — disse o diretor Giscard Salton, do Inter B.

Canhoto habilidoso

Jeferson foi contratado para o Inter B como um dos principais reforços do grupo. Embora não seja da mesma função, sua dinâmica é comparada à de Guiñazu. Junto com Ytalo, é o responsável pela articulação da equipe B, que está nas quartas-de-finais da Copa Arthur Dallegrave. Já passou pelo Dínamo Zagreb, da Croácia. Aos poucos, o Inter queria integrá-lo aos profissionais em 2010. Agora, pode perder o contrato no Inter.

ZERO HORA
Marcos Bertoncello, Divulgação / 

Jeferson é um canhoto habilidoso
Foto:  Marcos Bertoncello, Divulgação


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