Antes da revelação e da promessa de Giuliano para o jogo de amanhã contra o São Paulo, que é o que realmente interessa, um breve contexto para tanta sinceridade.

Para escrever uma reportagem na versão impressa de Zero Hora descrevendo a rotina de um jogador antes de um clássico como é o Gre-Nal, acompanhei Giuliano 48 horas de a bola rolar no Beira-Rio. O mesmo foi feito com Douglas Costa, do Grêmio.

Por conta desta empreitada, me aproximei um pouco mais de Giuliano, para além da rotina de treinos e jogos. Fui a culto evangélico com ele, por exemplo. Então, antes de o capitão da seleção sub-20 subir para os quartos pela escadaria do hotel em São Paulo, conversamos. Do papo, surgiu uma promessa, que veio misturada com uma confissão:

— Não fui bem no Gre-Nal, reconheço. Estava travado, a perna não acompanhava a cabeça. Senti um monte o fuso horário e o ritmo de treinos. Agora já estou melhor adaptado. Não tenho dúvida em dizer que vou jogar melhor contra o São Paulo. Ainda mais que é o meu primeiro jogo no Morumbi. Nunca joguei no Morumbi, sabia? Vai ser minha primeira vez — suspirou Giuliano, enfatizando bastante esta última parte, a da estreia no Morumbi.

No Mundial do Egito foram sete jogos, todos disputados em um intervalo curto de tempo. Três dias, no máximo, entre um e outro. Assim, a comissão técnica optou por jogar e descansar. Não houve treinos. Assim, Giuliano perdeu força. Chegou a Porto Alegre com quase dois quilos a menos de massa muscular.

Isso sem falar no fuso horário. São quatro horas a mais em Cairo, capital do Egito. Giuliano desembarcou no Brasil numa terça-feira, entrou direto no ritmo de treinos que não era sua rotina nas últimas semanas e disputou o clássico. E o capitão da seleção sub-20, como se sabe, é um jogador que tem na movimentação e na intensidade as suas grandes virtudes.

Então, Giuliano, a estrela da seleção sub-20, promete jogar mais contra o São Paulo, amanhã, do que no Gre-Nal. E não é justamente disso que o Inter precisa para vencer e dormir líder do Brasileirão?

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