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 | 21/10/2009 17h11min

Árbitro de fora: a vitória da barbárie no Gre-Nal

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



Perdemos para a barbárie. Leonardo Gaciba é o melhor árbitro do Brasil há quatro anos, Carlos Simon vai para a sua terceira Copa do Mundo e Leandro Vuaden foi notícia no país inteiro por conta do seu estilo europeu de deixar o jogo andar, sem apitar faltas desnecessárias.

Três árbitros gaúchos com o escudo da Fifa. Nenhum serve para o Gre-Nal.

A pior parte da rivalidade excluiu os melhores pela certidão de nascimento. É gaúcho? Não pode. O Grêmio diz que este ou aquele favorece o Inter. O Inter diz que aquele ou este favorece o Grêmio. Então, sob o pretexto de evitar ânimos acirrados, o árbitro do Gre-Nal não será um dos melhores do país, quando poderia ser.

É a derrota do bom senso. Em nome de hábitos ultrapassados de condicionamento de arbitragem abrimos mãos dos melhores justamente no jogo mais importante do futebol gaúcho. Já é difícil ter jogador gaúcho no Gre-Nal nestes tempos de futebol nacionalizado. Agora, nem o árbitro é será gaúcho.  

Nada contra o paulista Wilson Luis Seneme, é claro. Ele não tem nada a ver com isso. Mas chega a ser ridículo. A tese de que Gaciba andou sendo reprovado em alguns testes físicos e Simon sofreu com problemas musculares é ainda pior. Se não estivessem em condições estariam fora da escala. E eles estão na escala.

Gaciba comanda Goiás e Fluminense, no Serra Dourada. Simon apita Santos e São Paulo, na Vila Belmiro. Só grandes jogos, decisivos para a sorte do campeonato. Vuaden ficou com um jogo de menor expressão, Náutico e Barueri, nos Aflitos. Mas Simon e Gaciba, os dois melhores do país, segundo os analistas especializados, só não estão no clássico gaúcho justamente por serem gaúchos.

A que ponto chegamos.



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