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 | 26/09/2009 05h30min

Ex-zagueiro do Inter vira dirigente e promete agitar o mercado

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


 Montagem sobre fotos de Arivaldo Chaves e Tadeu Vilani

Inter e Grêmio não estão sequer pensando em Campeonato Gaúcho. Se conquistarem vaga na Libertadores no Brasileirão o deixarão em segundo plano, usando time misto ou só reservas no começo de 2010.

Mas tem gente se mexendo. E com movimentos fortes.

Esta semana, a coluna revelou que Assis, irmão de Ronaldinho e dono do Porto Alegre, campeão da segundona deste ano, ia contratar dez jogadores "top de linha" no Brasil para formar um capaz de não apenas fazer figuração, mas incomodar os grandes.

Saiu o primeiro nome. Ainda não é jogador, é verdade. Mas é uma contratação de impacto. Trata-se do ex-zagueiro Aloísio (o da direita na foto), 46 anos, que brilhou no Inter e na Europa a partir do final dos anos 80. Ele será o gerente de futebol do Porto Alegre, com poderes para contratar e demitir. 

Aloisio era um zagueiro craque. Surgiu no Inter nos anos 80, do Beira-Rio saiu para o Barcelona e depois rumou para o Porto. Sedimentou uma carreira rara em um único clube: jogou dez anos no mais poderoso de Portugal. Consagrado e campeão, exerceu a função de auxiliar-técnico durante quatro anos. A amizade com Assis vem de longa data. Nasceu na Província de São Pedro e se fortaleceu quando os dois atuavam na Europa. Em 1995, o irmão de Ronaldinho trocou a Suíça por Portugal. Do Sion, foi para o Sporting, de Lisboa.

Nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, os analistas do torneio de futebol o elegeram o melhor zagueiro da competição. No Brasil em definitivo há um ano, sua última aparição no futebol foi como auxiliar de Rene Weber, no Caxias, no Gauchão. Aloisio vai atrás de jogador graúdo, como quer Assis. Seguirá à risca a diretriz de pensar grande. Não ficará restrito ao Rio Grande do Sul. Como ele mesmo diz "o Brasil é grande demais".

— Já temos uma lista inicial, mas não posso e não devo adiantar nomes. Posso dizer apenas que há bons jogadores em todos os estados. Não temos tanto tempo assim para agir até o Gauchão — avisa Aloísio, em uma declaração cujo tom, levando-se em conta o jeito de urgência e poder de investimento de Assis, gestor da fortuna da família Moreira, certamente irá agitar o mercado.

Nos próximos meses, portanto, não se surpreenda com novidades. Daqui a pouco o Porto Alegre, disposto a se manter na Primeira Divisão, oferecerá  boas atrações ao Gauchão, para além dos mesmos que ficam rodando pelas equipes do Interior.

A escolha de Aloísio, um ex-craque com sucesso em times de ponta da Europa, é a primeira amostra desta tendência. Para Inter e Grêmio, que sofrem com a falta de adversários capazes de servir como parâmetro para o resto da temporada, é boa notícia.



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