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 | 25/09/2009 05h30min

A lista de Dunga prejudica mais o Grêmio do que o Inter

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


 Montagem sobre fotos de Arivaldo Chaves e Tadeu Vilani

Quando os convocados da Dupla Gre-Nal eram Nilmar e Victor, disse que o Inter perderia mais com a ausência do seu goleador do que o Grêmio sem o seu goleiro milagreiro. Uma obviedade: no Beira-Rio, a pauta era a final da Copa do Brasil, além de jogos importantes do Brasileirão.

Perder o craque que empilha gols é sempre pior do que substituir o goleiro, ainda mais quando o reserva, Marcelo Grohe, não é um frangueiro contumaz. Mas o panorama muda de figura nesta convocação de Dunga para as duas últimas rodadas das Eliminatórias, contra Bolívia e Venezuela, em La Paz e Campo Grande, dias 11 e 14 de outubro.

Desta vez, perde mais o Grêmio sem Victor. O Inter não terá Sandro para dois jogos em casa diante de adversários medianos: Náutico e Atlético-PR.

O Grêmio, ao contrário, ficará sem Victor em duas partidas longe do Olímpico. Uma contra o Corinthians, postulante ao G-4. A outra  na Arena da Baixada, onde qualquer time montado pelo Atlético-PR é perigoso.

Neste campeonato, jogar fora de casa tem sido um drama para o Grêmio. Mesmo depois da vitória nos Aflitos sobre o Náutico, pairam dúvidas acerca do desempenho sem o calor da torcida. Nem falo das defesas dignas de abertura de processo de canonização no Vaticano, pois estas aparecem também em Porto Alegre. 

A experiência e a segurança de Victor são fundamentais longe do Olímpico, onde os momentos de instabilidade se repetem. Quanto mais serenidade nestas situações, melhor. O campeonato atravessa uma fase em que tudo pode se decidir numa partida. Ainda mais no caso do Grêmio, cujo déficit de pontos fora de casa é enorme. E o goleiro reserva sempre pode ter problemas com falta de ritmo de jogo, mais do que qualquer jogador de linha.

Sandro não vem jogando bem. É titular absoluto, não resta dúvida. Do contrário, não estaria na Seleção. Mas neste momento específico, sua ausência será menos sentida no Beira-Rio do que a de Victor no Olímpico. É claro que, na medida em que Tite parece perdido, sem definir o meio-campo e o esquema titulares, repetir o time seria importante.

Mesmo não atravessando um momento bom, Sandro é melhor do que Glaydson ou Danny Morais improvisado. Mas como o desfalque será em partidas teoricamente mais fáceis, o risco é menor. O grave, no Inter, segue sendo a ausência de Giuliano, que desarticulou o lado direito, na marcação e na parte ofensiva. Esta sim, tem se revelado uma perda terrível.

Desta vez, portanto, se alguém tem queixumes a fazer para a CBF, é o Grêmio de Victor.


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