Nesta noite de sábado, o Inter perdeu a segunda partida consecutiva no Brasileirão - levou 2 a 0 do Vitória, em Salvador. Somada à derrota em casa para o Cruzeiro, por 3 a 2, a equipe acumula cinco gols sofridos nesta curta sequência.

Esse retrospecto recente faz o técnico Tite admitir que ainda busca o melhor ajuste do sistema defensivo:

– O Inter é um time ofensivo. Prova é que temos o o melhor ataque, ou melhor, somos a equipe que melhor ataca no Brasileirão. Mas estou procurando sim ajustar o sistema defensivo.

O treinador colorado descartou qualquer possibilidade de mudança imediata de sistema tático, questionado com insistência por repórteres de rádio sobre o 3-5-2.

– No 3-5-2 a marcação é mais atrasada, chamando o adversário para o nosso campo. Mas, principalmente em jogos em casa, precisamos de uma marcação mais adiantada. Já temos uma equipe entrosada há mais de um ano. Tomamos um gol e um minuto depois o Taison teve a chance de empatar. Nossa equipe tem uma mecânica de jogo. Não dá para pensar no 3-5-2 e achar que há uma solução mágica – explica.

Na quarta-feira, o Inter recebe o Universidad de Chile pela Copa Sul-Americana. Ainda não se definiu se os titulares serão poupados, priorizando o Brasileirão, ou se o time principal será mantido. Segundo Tite, a decisão é da diretoria.

– Vamos nos reunir e decidir qual a prioridade do clube. A minha opinião fica à mercê da vontade do clube. Pensamos só no jogo de hoje, e a partir de agora vou conversar com a diretoria sobre a Sul-Americana – afirma.

Sobre o confronto em Salvador, Tite avalia que o Inter controlou a partida até sofrer o gol, em cobrança de escanteio.

– Criamos, sim. O primeiro tempo de domínio é o Inter. O Vitória pressionou no segundo tempo, mas sem criar oportunidades. Decidiu na bola parada. O Vitória cresceu naquilo que era o nosso melhor. Quando fez o gol a gente errou em apressar demais. A pressão pela liderança nos vez acelerar – analisa.

Tite disse ainda que, após duas derrotas consecutivas, o Inter precisa lidar com a pressão - tanto no campeonato, como dentro das próprias partidas:

– Temos que retomar a calma, neutralizar os adversários e manter a concentração. Não podemos apressar demais na criação. À medida que perde duas seguidas, perde a perspectiva de chegar lá na frente. Isso me preocupa, me dá atenção. Mas precisamos absorver a pressão da liderança e de tomar o gol. Hoje a equipe deixou de construir tudo o que fez em sessenta minutos.