A sul-africana Caster Semenya, vencedora dos 800m no Mundial de Atletismo de Berlim nessa quarta-feira, recebeu nesta quinta-feira a medalha de ouro. A corredora se envolveu em uma polêmica após um jornal australiano informar que ela poderia ser desclassificada por causa dos testes de gênero que foi submetida. Semenya superou suas adversárias com uma diferença de 2s45.

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) realizou os testes de gênero, anunciou que a atleta não daria entrevistas para ser preservada e que o resultado da prova seria mantido, mas que poderá ser alterado caso os exames revelem que Semenya não é mulher.

A Federação Sul-Africana de Atletismo (ASA) e o técnico de Semenya, Michael Seme, não têm dúvidas de que a corredora ficará com a medalha de ouro. Seme disse que entende o interesse em torno da atleta:

— Eu entendo que as pessoas perguntem o motivo de ela parecer um homem. É uma reação normal, o ser humano é curioso por natureza. Mas podem perguntar a qualquer uma das companheiras de quarto dela aqui em Berlim, elas já viram Semenya tomando banho e podem garantir que ela não tem nada a esconder — afirmou Seme, em entrevista ao canal de notícias alemão "N24".

As informações são do site Globoesporte.