O francês Romain Grosjean é oficialmente o segundo piloto da Renault a partir desta terça-feira, após o acordo com o brasileiro Nelsinho Piquet para que deixasse a equipe de Flavio Briatore. Grosjean, de 23 anos, trabalhava como terceiro piloto da equipe francesa e faz sua estreia no GP da Europa, disputado no circuito de rua de Valência, na Espanha, neste domingo.

Com isso, o brasileiro Lucas Di Grassi volta a ser o terceiro piloto da equipe - o cargo pertencia a ele na temporada 2008 da Fórmula-1.

Briatore, diretor-geral da Renault, disse estar encantado em dar oportunidade de estrear na Fórmula 1 ao francês, que para ele "é um jovem impressionante e com talento".

Grosjean se mostrou orgulhoso com a oportunidade e qualificou sua estreia como especial, por acontecer ao lado de um duas vezes campeão de Fórmula-1, em referência ao espanhol Fernando Alonso.

– Estou muito empolgado e quero agradecer à equipe por me dar essa chance. Eu comecei a sonhar com a Fórmula-1 quando tinha sete ou oito anos de idade e quando assisti batalhas entre Alain Prost e Ayrton Senna pela televisão, então, fazer minha estréia em Valência é a realização de um sonho – afirmou.

Grosjean faz parte da equipe desde os 18 anos e entre suas conquistas esportivas está o título francês da Fórmula Renault em 2006, sua nomeação como piloto do Programa de Desenvolvimento Renault e a vitória na geral da GP2 Asia Series em 2008.

– Meu objetivo sempre foi chegar a ser piloto de Fórmula-1 e fazer isso com uma equipe francesa torna especial. A Renault me apoia desde 2006 e foi apenas com sua ajuda que eu pude continar correndo. Há talvez um pouco mais de atenção porque as pessoas esperavam por um piloto francês na Renault e eu farei o meu melhor para mostrar o que eles acertaram por acreditarem em mim – disse o piloto.

A Renault comunicou em 3 de agosto a Nelsinho, filho do tricampeão mundial Nelson Piquet, sobre a rescisão do contrato. O piloto brasileiro não tinha conseguido nenhum ponto na temporada.

Antes de ser desligado da Renault, Nelsinho entrou em seguidas discussões com o italiano Flavio Briatore, chefe da equipe francesa, devido ao tratamento que era dado ao bicampeão mundial Fernando Alonso, alegando que não foi cumprido um acordo por igualdade no time. Grosjean sabe da preferência pelo espanhol e quer aprender com o espanhol.

– Ele (Alonso) é um grande campeão - talvez o melhor piloto na Fórmula-1 - e estou pensando à frente trabalhando com ele pelo resto da temporada. Estamos prontos para ir bem porque ele tem muita experiência e eu sei que há muito que eu possa aprender com ele – afirmou Grosjean.