| 14/08/2009 17h20min
A queda de rendimento do Figueirense na Série B, a escalação de jogadores contestados pela torcida, a longa espera por reforços e, mais recentemente, a pichação dos muros do estádio Orlando Scarpelli evidenciaram a pressão sobre o técnico Roberto Fernandes.
O treinador, no entanto, não fugiu da responsabilidade e chamou para si as cobranças. Em entrevista ao repórter Helton Luiz da rádio CBN/Diário, ele afirmou que prefere sofrer as consequências para que o time possa seguir o trabalho com tranquilidade.
— O que eu tenho que fazer neste momento é passar o máximo de confiança e tranquilidade, que a pressão e a cobrança sejam realmente em cima de mim. O que eu procuro fazer é blindar os jogadores. Independente de estarmos com cinco ou seis desfalques, é uma equipe competitiva, com capacidade de vencer o Duque de Caxias.
O confronto diante do time fluminense está marcado para este sábado, às 16h10min, no estádio Giulitte Coutinho, em
Mesquita (RJ). Para a partida, o comandante
alvinegro terá o desfalque dos zagueiros Régis e Edson, e do artilheiro da Segundona, o atacante Rafael Coelho, todos suspensos. No departamento médico seguem o meia Vinícius Pacheco e os atacantes Schwenck e Clodoaldo, que segue se recuperando de uma cirurgia na perna esquerda.
— A possível dupla de ataque, que vai entrar para ajudar o Figueirense a reencontrar o caminho da vitória, há duas ou três rodadas sequer era relacionada — ressaltou o técnico, que tem só três opções para o setor: Douglas, Paulo Sérgio e Marcelo.
Uma proposta pelo técnico a cada três dias
Ao ser questionado se temia perder o cargo caso sofresse a quarta derrota seguida, Roberto Fernandes disse que não pensava no assunto e revelou que recebeu vários propostas de outros clubes interessados em contratá-lo para o restante da temporada.
— Eu não trabalho pensando nisso, porque acho que se você não focar no jogo, que é o mais difícil,
acaba se atrapalhando ainda mais. Sem soberba ou querer
botar banca, mas faz duas semanas que, praticamente, a cada três dias eu tenho recebido uma proposta. As outras equipes também estão acompanhando e, muitas vezes, na visão de quem está de fora, a culpa não é do treinador, tem outros fatores — declarou após o treino realizado na manhã desta sexta-feira.
Entretanto, o técnico fez questão de frisar que está comprometido com o Alvinegro catarinense.
— Não penso nisso (sondagens), não escutei e agradeci a lembrança. Estou focado aqui e tenho certeza que vamos passar deste momento na hora que a gente voltar a ter o grupo todo à disposição, com a chegada de mais dois ou três jogadores. O caminho é esse. O exemplo da competição também nos dá essa tranquilidade. Para você ver, o Figueirense vem de três derrotas seguidas e continua na sexta posição — lembrou.
Delegação viaja para o Rio
As pichações foram apagadas dos muros do Scarpelli na manhã desta sexta. Na
mesma hora, o elenco realizava, no Centro de Formação e
Treinamento (CFT) do Cambirela, em Palhoça, o último trabalho antes do duelo contra o Duque de Caxias. À tarde, a comissão técnica e os 18 jogadores relacionados para a partida embarcaram para o Rio.
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