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 | 29/07/2009 05h10min

A incrível noite que testará a liderança de Carvalho

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


Daniel Marenco

 

 

 

 



O futebol é mesmo incrível. Quem poderia imaginar que um jogo trivial como o desta noite, contra o Barueri, um clube sem torcida ou tradição do interior de São Paulo, um adversário sem importância alguma no contexto do futebol brasileiro, quem poderia sequer cogitar que a liderança do maior dirigente do Inter em todos os tempos seria testada justamente em uma partida tão comum no Beira-Rio?

É quase bizarro, um tanto injusto, mas é o que acontecerá com Fernando Carvalho a partir das 21h

Se os jogadores correrem, rilharem os dentes, derem carrinho e marcarem o campo todo como no começo do ano, ávidos por recuperar a bola e marcar o gol, sua condição de santo restará intacta no altar dos colorados. É o que se espera depois da ação radical do hoje vice de futebol do Inter: afastamento de D'Alessandro, punição a Índio por não se reapresentar na segunda-feira após a folga dominical e o tom de voz nada amistoso na conversa particular com alguns jogadores.

Do contrário, se o descompromisso continuar em cada lance como se viu várias vezes no Rio de Janeiro, contra o Botafogo, aí vai ficar difícil buscar outra tentativa de reação que não passe pela troca de técnico Tite.

A rigor, ganhar ou perder não tem relação direta com raça. Um time pode suar sangue contra um adversário inferior e perder. Se uma tragédia assim acontecer esta noite — o que duvido muito, mas o futebol é tão cheio de armadilhas que convém se vacinar contra tudo —, ninguém poderá contestar Carvalho. A sua parte estará feita, mesmo que a torcida reclame contra o time e, claro, contra o técnico Tite.

O problema é que a necessidade do resultado é tão urgente, e o adversário é tão menor em relação à grandeza do Inter, que só a vitória mantém intocada a liderança de Fernando Carvalho.

Uma liderança cuja contestação, depois da Libertadores, da Recopa, do Mundial e da Sul-Americana, só era concebível como heresia antes da crise provocada pelas derrotas na Copa do Brasil, na Recopa e no Gre-Nal. O que não deixa de ser uma boa medida do tamanho da crise que o Inter tenta espantar a partir de hoje.

 

 
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