Não foram somente os torcedores avaianos que deliraram com os dois gols do atacante William, na vitória sobre o Atlético-PR, por 3 a 1, sábado, na Arena da Baixada. O filho do atacante, Mateus, de quatro anos, pode ver o pai comemorar o gol da forma como havia solicitado — com o dedo na boca.

Ao ver na televisão, várias vezes os goleadores homenagearem seus rebentos, Mateus pediu a William uma lembrança quando o papai marcasse um gol. Para encerrar um jejum de três meses sem balançar as redes, o pagamento da dívida veio com juros.

— Fazia tanto tempo que eu não marcava um gol, que, no segundo, eu nem sabia como comemorar — confessa William, que, apesar de ser um guerreiro em campo, ajudar a equipe com assistências e atrapalhar a vida dos zagueiros, estava incomodado por ainda não ter marcado.

O domingo do artilheiro do Avaí foi totalmente dedicado à família. Após duas semanas sem ver a esposa, o primogênito Mateus e o caçula, Lucas, de apenas três meses, pôde matar as saudades dos três com um passeio pela cidade e brincando com Mateus no condomínio.

Próximo de completar um ano no Avaí, William já tem uma forte identificação com a torcida azurra. Na partida com o Grêmio, a garra apresentada em campo foi coroada com uma salva de palmas dos torcedores no momento em que o jogador era substituído. Uma demonstração de carinho que incentiva o atleta a continuar no clube.

— Depois da Série B, teve uma conversa com um time alemão, mas eu apostei em ficar, principalmente pelo reconhecimento do trabalho.

Além dos gols de William, Muriqui deixou sua marca, sábado, no primeiro gol diante do Atlético-PR, que marcou seu gol com Marcinho.

A partida levou ao delírio aproximadamente 2,6 mil avaianos que fizeram a festa. A torcida azurra comprou todos os ingressos destinados aos visitantes.