| 06/07/2009 11h30min
O movimento de torcedores e sócios na manhã desta segunda no Estádio Olímpico para obter ressarcimento foi baixo. Até as 11h cerca de 20 gremistas compareceram na central de atendimento do clube para o reembolso de ingressos. Porém, a indignação pelo episódio não foi esquecida. Na quinta-feira passada, cerca de 5 mil pessoas ficaram do lado de fora e não puderam ver a partida com o Cruzeiro, pelas semifinais da Copa Libertadores. O tricolor Edson Alexandre Oliveira dos Santos, que optou por receber o dinheiro de volta, ainda lamenta o episódio e planeja não voltar tão cedo aos jogos:
– Foi um constrangimento. Cheguei eram 21h50min e a Brigada Militar fechou os portões e não deixavam ninguém entrar. Não apanhei, mas vi tiro com bala de borracha, spray de pimenta, espadada. Agora vou ficar um tempo sem vir no estádio em função disso. O torcedor compra o ingresso, não tem direito de entrar e ainda por cima acaba apanhando – disse o torcedor.
Na mesma linha, Eduardo Martini Cabreiro foi outro que esteve no Olímpico pela manhã para recuperar o dinheiro do ingresso. E também relata o que passou na quinta e afirma que vai ficar sem comparecer no campo durante um período:
– Tentei entrar na social, não deu. Fui pra arquibancada, também não consegui. Daí jogaram gás, meus olhos começaram a arder. Sofri pressão, fiquei sufocado na fila e decidi sair. Agora vou dar um tempinho no Grêmio. Está uma desorganização isso aqui. Os colorados ficam tirando muito sarro da gente. Talvez contra o Corinthians eu venha, mas vou dar um tempinho – projetou.
Para o tricolor Fábio Leite Barcellos, a semifinal da Libertadores seria acompanhada junto do filho, mas o tumulto impediu que isso ocorresse:
– Pior de tudo que trouxe meu filho de oito anos pela primeira vez para ver o jogo. Eu não gosto de trazê-lo, e acabamos não entrando, isso fica marcado. O ressarcimento não é pelo dinheiro, mas sim pela revolta pelo o que aconteceu – afirmou Barcellos.
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