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 | 30/06/2009 16h53min

Ramires revela que já foi chamado de macaquito por um argentino

Volante foi xingado na partida contra o San Lorenzo e espera clima hostil em Porto Alegre

Sobram flashes para Ramires. Depois do título na Copa das Confederações, na África do Sul, o volante do Cruzeiro e da Seleção Brasileira lida com o assédio crescente de torcedores e jornalistas. Nesta segunda-feira, chegou a Belo Horizonte e teve de desligar o telefone celular para ter um tempo de descanso. Aos poucos, tenta retomar o ritmo da vida na capital mineira, inclusive com a volta aos treinos. As informações são do site GloboEsporte.com.

O jogador vai para Porto Alegre na manhã desta quarta com a delegação, onde a Raposa encara o Grêmio, pela semifinal da Libertadores, no Olímpico. Antes porém, esteve no estúdio do Globo Esporte Minas para uma entrevista. Um dos assuntos analisados por ele foi a acusação de racismo feita por Elicarlos contra o gremista Maxi López, na partida do Mineirão.

- Eu acompanhei lá. Nem comentei nada com o pessoal. Eles ficaram sabendo, mas preferi guardar para mim. Conheço o Elicarlos e sei que ele não falaria isso do nada. Deu para ver o Wagner fazer o gesto no vídeo, mostrando a pele. É uma coisa chata. Todos nós sabemos que os argentinos são assim. Ano passado, aconteceu comigo contra o San Lorenzo. Mas eu não dei parte, não. Parti para cima do cara no jogo. Chamou a mim, ao Marquinhos Paraná, se não me engano, e ao Thiago Heleno de “macaquito” – contou.

O episódio que tumultuou o primeiro jogo da semifinal deixou o clima tenso para a partida decisiva. Ramires espera uma recepção hostil dos torcedores gremistas.

– Eu já fui jogar contra o Juventude. Foi desse jeito. A gente pode esperar o pior clima possível. Mas o Cruzeiro pegou o jeito de jogar a Libertadores, fora de casa também. Vai ser difícil, com certeza. Vamos ter cautela, pois o Grêmio vai vir para cima – afirmou.

O retorno de Ramires para defender o Cruzeiro na Libertadores foi festejado por companheiros de time e torcedores. Ele sabe da responsabilidade que tem e espera repetir as boas jogadas que criou com a camisa da seleção neste momento decisivo.

– O contra-ataque do Cruzeiro é rápido mesmo quando eu não jogo. Os jogadores da frente são leves e chegam rápido. Pode ser uma arma para o jogo contra o Grêmio – analisou.

Como venceu por 3 a 1 no jogo de ida, a Raposa pode até perder por 1 a 0 que se classifica para a final.

 
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