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 | 30/06/2009 06h10min

A hora da verdade para Souza e Tcheco

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br
















Uma dúvida tira o sono dos gremistas. O presidente Duda Kroeff, por exemplo. No intervalo do Bate-Bola, da TVCOM, domingo último, ele só falava nos gols perdidos no Mineirão. Quem os fará no Olímpico? Enquanto a produção do programa reprisava os lances da derrota por 3 a 1 para o Cruzeiro, o filho do patrono Fernando Kroeff se ajeitava na cadeira, meneava a cabeça, repetia para ti mesmo em voz alta: "Não pode perder tanto gol assim, não pode".

Houve até um pequeno debate, todos olhando para o monitor: qual o gol mais perdido de todos? O de Alex Mineiro, sem goleiro, bem no comecinho? Ou o de Maxi López, ao deslocar o goleiro e acertar a trave? Duda votou em Maxi. Eu, em Alex Mineiro. Perdi: David Coimbra, Pedro Ernesto, Guerrinha e Maurício Saraiva acompanharam o relator, no caso, o presidente Duda. Talvez por educação e fidalguia, não sei, mas ficou o gol de Maxi como o mais perdido de todos no Mineirão.

Meditei sobre o tema desde domingo e cheguei a uma conclusão. Não é de Maxi López, Herrera, Jonas ou Alex Mineiro que o Grêmio deve esperar a virada na quinta-feira. Se os atacantes pouco ou quase nada resolveram até agora, não há por que depositar muita confiança neles.

Só vejo uma forma de o Grêmio eliminar o Cruzeiro e garantir vaga na final: se Tcheco e Souza arrasarem. Só jogar bem não adianta. Eles têm que arrasar.

Se os dois tiverem atuações irrepreensíveis, dá Grêmio. Do contrário, não sei. Sobre Tcheco, ainda paira aquela desconfiança em jogos decisivos. Falta, na sua carreira, um desempenho para ser lembrado eternamente. O ídolo precisa de um gol, um jogo, uma atuação que divida tudo em Antes e Depois. Tcheco ainda não tem esta atuação demolidora no Grêmio. Você lembra de alguma?  

No caso de Souza, trata-se do jogador contratado para ser um diferencial. E, entre altos e baixos, ele tem feito gols. Sem o do Mineirão, o Grêmio seria um cortejo fúnebre até quinta-feira.

Já que os atacantes nem sempre resolvem, já que os laterais não chegam ao fundo para cruzar na cabeça de Maxi López, já que as alternativas formais de ataque não dão certo, está na hora de os dois mais talentosos do time baterem no peito e dizerem: "é comigo".

Tcheco e Souza são os mais experientes do grupo, têm folha corrida de sobra e, no 4-4-2 de Paulo Autuori, estão posicionados mais perto da área. Ao examinar os grandes clubes brasileiros, é raro encontrar um que tenha dois meias como Tcheco e Souza. Via de regra, é um só. E olhe lá. Mas Tcheco e Souza precisam mostrar isso na prática. Ao mesmo tempo. Se os dois juntos desencantarem é possível para o Grêmio. Do contrário, não.


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