Há um ano, Lauro convivia com a incerteza. Havia deixado o Sertãozinho, amargava o rebaixamento à Série A–2 do Paulistão, enfrentava um estiramento de 11 centímetros na coxa e estava fora dos planos do Cruzeiro, dono dos  seus direitos.

– Sempre acreditei no meu potencial, mas jamais imaginei que daria essa virada tão rápido. Eu estava no fundo do poço – lembra.

Lauro se surpreende ao ser questionado sobre a guinada na sua carreira. Estaciona e se alonga no assunto. Segundo ele, poucos lembram que há um ano vivia um rebaixamento e estava sem rumo. Depois disso, o goleiro conquistou a posição de titular do Inter, a Copa Sul–Americana, o Gauchão e participa de uma decisão de Copa do Brasil incensado como um dos grandes da posição. Ele não esquece os dias de vacas magras. Recorda de se questionar e procurar as razões para tantos infortúnios. Agora, por cima, faz o contrário. Trabalha de forma intensa para manter o bom nível.

– Meu treinador de goleiros, às vezes, fala em segurar um pouco, reduzir o ritmo. Mas eu quero sempre treinar mais. O momento é bom e quero cada vez trabalhar mais para mantê–lo – explica.

As defesas pelo Inter fizeram Lauro entrar outra vez na vitrina internacional. Portador de passaporte italiano, poderá encaixar em qualquer time da Comunidade Européia como jogador local. No ano passado, uma proposta do Grasshoper, da Suíça, quase o desviou do caminho do Inter. O interesse suíço atrasou sua vinda para o Beira–Rio. Ele chegou a ser descartado pelo Inter, incomodado com suas evasivas e demora ao aceitar a proposta. Como o Grasshoper não firmou o que havia prometido, Lauro voou para Porto Alegre. Hoje, ele agradece ao destino:

– Ainda bem que tomei a decisão correta. Estou muito feliz no Inter.

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