| 01/06/2009 16h57min
Com uma hora de atraso, o sérvio Petkovic finalmente foi apresentado no Flamengo. O jogador foi muito festejado pela torcida e recebeu flores das mãos de uma torcedora. Antes da entrevista coletiva, o gol de falta marcado por ele aos 43 do segundo tempo na final do Campeonato Carioca sobre o Vasco, que garantiu o tricampeonato estadual ao clube, em 2001, foi passado em um telão. O apoiador de 35 anos se emocionou, mas garantiu que não viverá do passado.
– Toda vez que eu vejo, eu me arrepio. Tenho uma história no clube, a torcida gosta muito de mim mas a vida continua. Tenho que viver o presente e o presente é que estou muito feliz. Estou de volta ao meu novo velho clube – disse o apoiador.
O contrato de Petkovic com o Flamengo vai até o meio de 2010. O acerto com o clube foi muito conturbado por conta de uma dívida do Rubro-Negro com o jogador. Seu retorno gerou tanta polêmica que Márcio Braga, que estava afastado por licença médica, reassumiu a presidência do Flamengo antes do tempo para tratar do assunto.
Petkovic terá dois contratos com o clube. Um será exclusivo de jogador de futebol, no qual ele irá receber cerca de R$ 80 mil por mês. O outro contrato firmado - e também mais polêmico - é para quitar a dívida do Flamengo. O valor acordado (cerca de R$ 10 milhões) será pago em 48 prestações. A primeira, de R$ 600 mil, vencerá no dia 30 de agosto. O restante do montante será pago ao jogador em 47 parcelas mensais e corrigidas de R$ 200 mil. O primeiro vencimento será em fevereiro do ano que vem.
No contrato, há uma cláusula na qual o Flamengo não pode atrasar o pagamento de uma dessas parcelas em mais de três meses. Caso isso ocorra, o valor da dívida irá subir para R$ 17 milhões e o clube terá parte da renda dos jogos, do dinheiro recebido com a transação de jogadores e da verba repassada pelo Clube dos 13 destinada para quitar este valor.
– A negociação é o resultado de uma participação direta de todos da diretoria, junto com o próprio Petkovic e seu empresário Josias Cardoso. Tínhamos uma pendência jurídica que se arrastava desde o Edmundo Santos Silva. Precisávamos colocar dinheiro em caixa. Não dava para sofrer penhora de todo jogo no Maracanã, de todo contrato novo que fazemos e todo jogador vendido. Então buscamos uma solução para todos – disse o vice-presidente do clube, Delair Dumbrosck, que condiziu praticamente todo o acordo.
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