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 | 15/05/2009 04h07min

"Minha tarefa era dureza", diz famoso marcador de Falcão

Em 1979, Jurandir foi escalado no Gre-Nal para ficar na cola do craque

Em 1979, o técnico do Grêmio, Orlando Fantoni, surpreendeu no Gre-Nal. Designou Jurandir, um ponteiro que recuava para compor o meio-campo, a marcar Falcão o campo todo. Hoje assessor do vereador Tarciso (PTB), em Porto Alegre, 57 anos, Jurandir viu Toró marcar D’Alessandro. E afirma:

– O bom jogador precisa de marcação individual sempre.

Zero Hora – Qual a semelhança entra a marcação de Toró sobre D’Alessandro e a sua sobre Falcão?

Jurandir –
A minha foi marcação individual mesmo, o campo todo. Se o Falcão fosse para o banheiro, a ordem era ir junto. O Toró marcou até o meio-campo só. Mas fez bem o seu trabalho, não resta dúvida. Além do que, respeitando o argentino, o Falcão era mais completo e muito mais jogador. Minha tarefa era dureza.

ZH – Você acha fundamental a marcação individual?

Jurandir –
O bom tem que ser marcado o tempo todo. Ele não quer alguém no calcanhar. Pode até se irritar. O Grêmio não fez isso nos Gre-Nais e deu no que deu.

ZH – Como surgiu a ideia de marcar o Falcão?

Jurandir –
Foi coisa do Orlando Fantoni, nosso técnico na época. Eu nem estava concentrado. O Ladinho (lateral-esquerdo) iria marcá-lo. Mas aí o Fantoni achou que eu era talhado para o trabalho. O Falcão não mostrou o talento dele e o Grêmio foi campeão gaúcho.

ZH – Você fez este tipo de marcação alguma outra vez?

Jurandir –
Quando estive no América-MG, o Antônio Lopes me designou para marcar o Zico. Mas na última hora ele desistiu. Levamos 3 a 0 do Flamengo, com um show do Zico.

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