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 | 12/05/2009 06h10min

Depois do gol, empresários de Nilmar recebem ligações da Europa

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


Jefferson Botega









Não lembro de outro gol, em toda a história do Campeonato Brasileiro, capaz de alcançar tamanha repercussão em tão pouco tempo como o de Nilmar sobre o Corinthians. O mundo reverencia a obra do atacante do Inter. Ele ganhou capas em jornais do Brasil inteiro, recebeu espaço amplo nos diários italianos, virou estrela nos vídeos do youtube, o Jornal Nacional o repetiu e o chamou de "presente para quem gosta de futebol" na narração de Pedro Ernesto Denardin. 

Portanto, não é de se espantar as sete ligações que Fernando Otto recebeu em seu celular nas últimas 24 horas, todas de sondagens encomendadas por clubes europeus sobre Nilmar.
 
Otto trabalha com o empresário Delcir Sonda, dono de 40% dos direitos econômicos de Nilmar. Sonda, como se sabe, é de Erechim e proprietário de um rede de supermercados. Colorado, tem vasta folha de serviços prestados ao Inter. Além de Nilmar, manteve Sobis até o fim da Libertadores de 2006. Tirou Kleber do Santos, outro clube no qual espraiou seu tino empresarial, e o entregou ao Inter. D'Alessandro? Metade é dele. O equatoriano Bolaños, se vier, terá sido obra de Sonda. E assim por diante. Bem, Fernando Otto me disse o seguinte, ontem:

— Meu celular foi uma loucura ontem. Sem brincadeira: recebemos sete ligações da Europa. E se ele (Nilmar) fizer outro contra o Flamengo, no Maracanã? Olha, sei lá: mais cinco gols parecidos ao de domingo no Brasileirão e vai ser tiro e queda. Vai aparecer comprador por US$ 15 milhões ou mais.

Durante os campeonatos regionais, os caçadores de atacantes não dão muita bola para as atuações de seus futuros contratados. Como o nível dos times é fraco, as análises carecem de legitimidade. Mas no Brasileirão tudo muda de figura. Nos próximos 50 dias, a observação será atenta. Feita a escolha, abrem-se as negociações, com antecedência. A janela de transferências termina em agosto. No caso de Nilmar, fica fácil explicar as ligações no celular dos homens de Sonda.

Existe alguma chance de um jogador capaz de driblar seis e deslocar o goleiro não ser um craque?

Este é o raciocínio que devem estar fazendo os clubes europeus. Nilmar é craque. E a Europa adora craques, apesar da crise financeira. Não há como escapar dessa lógica.


Leia os textos anteriores da coluna No Ataque.

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