| 09/05/2009 03h00min
O garoto que encantou Pelé será apresentado neste domingo aos gaúchos. Neymar, 17 anos, titular do Santos somente há dois meses, conhece a Capital amanhã, às 18h30min, no jogo contra o Grêmio, na abertura do Brasileirão.
O lado adolescente da estrela, que já recebe salários de R$ 80 mil mensais, é traído quando ele fala na expectativa pela viagem ao Sul, a mais longa desde a chegada da fama.
— Tô achando legal pra caramba. Espero reencontrar os amigos que tenho aí no Grêmio, o Gerson e o Guilherme Morano (respectivamente, zagueiro e centroavante da equipe júnior) — diz o jogador.
Nascido em 1992 em Mogi das Cruzes, interior paulista, o menino de 1m74cm e 54 quilos vive dias de estrela desde que Vagner Mancini fez dele titular do Santos. Foi a 15 de março deste ano, na vitória por 3 a 0 sobre o Mogi Mirim, na Vila Belmiro, pelo Paulistão.
— Está difícil ir ao shopping e ao cinema com os amigos. É complicado quando me encontram
nos lugares. Mas, ruim mesmo, é quando os
torcedores de outros times ficam falando mal de mim — sorri Neymar, que fez gol logo na estreia e vibrou dando um soco no ar, em gesto que emocionou Pelé.
Por enquanto, a repentina celebridade não lhe tira a sobriedade. Os rendimentos são administrados pela família, com quem o jogador ainda mora, numa casa próxima à Vila Belmiro.
O salário, aliás, foi obtido a partir de uma demorada negociação que resultou na renovação de seu contrato até 2014. Paga adquirir 40% de seus direitos, o grupo Sonda, responsável pela vinda de D'Alessandro para o Inter, pagou à família R$ 7,5 milhões. O pai, que também se chama Neymar, o acompanha diariamente aos treinamentos. Sem poder andar pelas ruas, Neymar leva os amigos para perto.
— A casa dele está sempre lotada de garotos jogando videogame. É o que ele mais gosta de fazer nas folgas — conta Fábio Maradei, assessor de imprensa do Santos.
Apesar de preocupado com os prejuízos que a demasiada
exposição possa acarretar à formação do garoto, o
Rei não economiza nos elogios.
— Ele é muito inteligente com a bola nos pés. Só precisa encorpar um pouco mais para aguentar a marcação. Mas isso virá com o tempo, naturalmente — avaliza.
Neymar derrete-se com os elogios. E diz que "não tem preço" ser comparado a Pelé.
— Ele sempre me fala: Deus te deu o talento, trate de agradecer todos os dias.
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