O técnico Giovane Gávio assumiu a responsabilidade pela saída de Marcelinho da Tigre/Unisul. O clube confirmou, na segunda-feira, a rescisão do contrato após acordo com o atleta.

— A decisão de afastá-lo foi minha, baseado no melhor da equipe e na postura dele em relação ao grupo. Ele não conseguiu fazer o time jogar. A culpa é minha, é dele, é de todos — disse o treinador.

Giovane foi cuidadoso ao explicar a situação, falando pausadamente, medindo cada palavra.

— Pedi a rescisão, que foi feita sem custos para o clube — afirmou.

Ele evitou entrar em detalhes. Na segunda, dia 27, esteve em Joinville para conversar com integrantes da Tigre e da Prefeitura para garantir a parceria com o projeto.

Nesta terça, o técnico deve ter uma reunião com os dirigentes da Unisul, que deverá definir o futuro da equipe.

— A Unisul é o ponto fundamental para saber quem e como vamos contratar. Mas hoje eu sou o projeto e, com ou sem, Unisul, o projeto continua em Joinville — garantiu o treinador.

O presidente da Unisul, Volmir da Silveira, afirmou que a universidade pretende manter a equipe. No entanto, o dirigente fez críticas à demora no planejamento.

— Estamos atrasados dez dias em relação aos outros times — disse.

Giovane discorda de Silveira. O treinador disse que ainda precisava da resposta dos parceiros do projeto para definir renovações, contratações e o tamanho da equipe.

— Os patrocinadores garantiram o investimento no projeto, mas devem rever o quanto será repassado. Podemos compensar com novos parceiros. Mesmo assim, teremos uma boa redução, quase a metade em relação ao ano passado — analisou.