O piloto brasileiro da Fórmula-Indy Helio Castroneves foi declarado inocente das acusações de evasão de divisas e sonegação de impostos nesta sexta pela Corte Federal de Miami, nos Estados Unidos. Da mesma forma, a irmã do piloto, Katiucia, e o advogado Alan Miller foram absolvidos. Os jurados ainda deliberam sobre o crime de conspiração fraudulenta, mas tanto Helio como Katiucia devem ser inocentados, já que Miller foi absolvido.

Com isso, o bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis (2001 e 2002) já está apto a competir pela equipe Penske já neste final de semana em Long Beach. Espera-se que ele viaje da Flórida para a Califórnia ainda nesta sexta.

Helinho foi investigado devido ao contrato com a Penske na Champ Car. Dos US$ 6 milhões (cerca de R$ 14 milhões) dos direitos de imagem, US$ 1 milhão (aproximadamente 2,26 milhões) iriam para a conta do piloto, enquanto o restante (quase R$ 12 milhões) seria depositado na conta da Seven Promotions, empresa criada no Panamá para cuidar do marketing e imagem de Castroneves.

Por orientação de Miller, este dinheiro foi depositado apenas em 2005, na empresa holandesa Fintage, que, segundo a defesa de Helinho, adquiriu a Seven. A promotoria, então, acusou o brasileiro de não ter feito o pagamento dos impostos pelos 5 milhões, mas os advogados de Helinho alegaram que as taxas não foram pagas justamente porque quem recebeu o dinheiro foi Helio, pai e homônimo do piloto.

A acusação insistiu que o piloto teve o que se chama de "receita construtiva" e não poderia ter deixado de pagar os impostos mesmo não tendo recebido o dinheiro em sua própria conta. Os jurados, então tiveram dificuldades para entender alguns termos técnicos do fisco norte-americano e demoraram uma semana para chegar aos veredictos.

Atualizada às 16h30min