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 | 16/03/2009 19h02min

Exames confirmam segunda morte por reação à vacina contra a febre amarela em Santa Maria

Agricultor morreu no dia 16 de fevereiro no Hospital de Caridade

Marilice Daronco  |  marilice.daronco@diariosm.com.br

Foi confirmada na tarde desta segunda-feira a morte do segundo santa-mariense por reação à vacina contra a febre amarela desde que a campanha contra a doença foi intensificada, em outubro do ano passado. O agricultor Ario Nei Tonetto, 39 anos, morreu em 16 de fevereiro no Hospital de Caridade. Ele passou mal dias depois de tomar a vacina e procurou ajuda médica.

A 4ª Coordenadoria Regional de Saúde chegou a suspeitar que a causa da morte fosse leptospirose, já que Tonetto trabalhava em uma propriedade rural do distrito de Pains, onde havia ratos. Mas as análises de amostras do sangue do agricultor — retirado três dias antes de sua morte — e dos órgãos que foram coletados depois que ele morreu não deixaram dúvidas: Tonetto foi vítima de uma reação vacinal. Os exames foram feitos em um laboratório do Pará.

A família do agricultor preferiu não comentar o resultado da análise. Segundo o Estado, Tonetto tomou a vacina no dia 4 de fevereiro. Seis dias depois, ele começou a passar mal, com sintomas como febre alta e icterícia (amarelão). No dia 16, a vítima não resistiu e morreu. De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde, 14 dias antes de tomar a dose, Tonetto teve varicela — doença causada por um vírus que provoca bolhas e febre alta.

— Os casos de morte por vacina são raros. Os dados que temos indicam uma morte a cada 1,5 milhão de pessoas vacinadas. Por uma triste coincidência duas pessoas de Santa Maria morreram, acreditamos que ambas estavam com a imunidade baixa e, por isso, tiveram problemas — diz o secretário estadual da Saúde Osmar Terra.

A primeira morte por vacina em Santa Maria foi no dia 21 de janeiro. A dona-de-casa Lilian Regina Xavier, 39 anos, tomou a dose na metade de janeiro porque iria acampar em uma área de risco. Como fazia hemodiálise e tinha lúpus (doença que desequilibra o sistema imunológico) ela procurou um médico. O profissional (que não teve o nome divulgado) teria avaliado que o risco de Lilian morrer pela vacina era menor do que pela doença.

O Estado recomenda que as pessoas não deixem de se vacinar quando morarem ou forem viajar para áreas de risco e que procurem ajuda médica caso tenham qualquer dúvida sobre se podem tomar a dose.

 
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