| 11/03/2009 23h51min
Contra a crise, vitória. Com o 1 a 0 do Grêmio sobre o Boyacá Chicó, ontem, em Tunja, Celso Roth renasceu. Mesmo na altitude de 2,7 mil metros, o timevoltou a apresentar um futebol maduro. Poderia ter goleado, não fossem as 10 chances de gols desperdiçadas. Contra os chilenos, no 0 a 0 da estreia da Libertadores, os erros foram maiores: 14 gols perdidos.
Além de buscar a recuperação longe de casa, o Grêmio teve que enfrentar um time e uma torcida motivados. O jogo foi de Libertadores em Tunja. A equipe entrou em campo sob show de fogos. Parecia noite de Ano-Novo em Boyacá. Eram 15 mil colombianos em um estádio ainda inacabado.
O início da partida foi atrasado em cinco minutos para que os funcionários do clube pudessem livrar a área de Victor dos papéis atirados ali pela organizada La Mancha Ajedrezada de Tunja. Antes da partida, os dois hinos nacionais foram executados. E o brasileiro não foi vaiado.
Mesmo sob um frio de 7°C, o Grêmio
começou o jogo elétrico. Marcava bem os
colombianos – com Réver à frente da zaga, cuidando ora de Pérez, ora de Tapia –, e arriscava chutes de fora da área para surpreender Velásquez com a bola mais veloz devido à altitude. A garotada do Boyacá – com média de 22 anos – parecia sentir a pressão pela vitória.
Aos poucos, o Grêmio foi tomando conta do jogo. E o experiente Souza, campeão da Libertadores com o São Paulo, sentiu a fragilidade do rival. Aos 31, ele arrancou sozinho e foi derrubado por Ramírez na entrada da área. O mesmo Souza cobrou. Um pataço no canto direito. Um golaço na altitude. Todos comemoraram. Menos Celso Roth. Com sua parká celeste, vibrou solitário, olhando para o chão, enquanto os reservas pulavam uns sobre os outros e, do outro lado do gramado, os titulares abraçavam Souza, sob o silêncio do La Independencia. Sem entrar na correria do Boyacá, o Grêmio teve inteligência para esperar e contra-atacar. Foram quatro chances desperdiçadas, uma atrás da outra.
No intervalo, enquanto
policiais militares e o
governador do Departamento de Boyacá, José Millán, distribuíam bolas para os torcedores nas arquibancadas, os jogadores do Boyacá deixaram o gramado discutindo. Sinal de que o gol de Souza abalou os colombianos.
No segundo tempo, com o Boyacá empurrando o Grêmio para a defesa, Jonas deixou de matar a partida logo aos nove minutos, quando, depois uma jogada brilhante, na qual driblou dois zagueiros, chutou em cima do goleiro. Já cansados, por causa da correira no ar rarefeito, os "velhinhos" Alex Mineiro e Tcheco foram substituídos logo aos 11 minutos. O time voltou a crescer e seguiu desperdiçando gols, com Souza, Herrera e Souza outra vez.
Com a expulsão de Mahecha por simulação, aos 24, parecia ser o Grêmio o dono da casa, acostumado a jogar na altitude. Dez minutos depois, Jonas sublimou. Perdeu o gol três vezes: bateu em cima do golerio, chutou na trave, sem goleiro, e encobriu o gol, colocando para fora. Um espanto.
Ainda assim, seguiu
superior em campo e controlou as ações —
apesar de algumas investidas sem maior consequência do Boyacá. Nem parecia aquele time de futebol arrastado que disputa o Gauchão. Definitivamente, a Libertadores é o que interessa para o Grêmio.
Próximo jogo pelo Gauchão:
Sapucaiense x Grêmio
Data: 15/03 - dominDgo
Local: Estádio Cristo Rei, São Leopoldo
Horário: 16h
Transmissão: RBS TV
BOYACÁ CHICÓ (0) | GRÊMIO (1) |
---|---|
Velásquez; Pino, Galicia, Garcia e Madera (Nuñez); Mahecha, Ramirez, Tapia, Caneo e Movil (Giron); Pérez | Victor; Ruy, Léo, Rafael Marques e Fábio Santos; Réver, Adilson, Tcheco (Makelele) e Souza; Jonas (Reinaldo) e Alex Mineiro (Herrera) |
Técnico: Alberto Gamero | Técnico: Celso Roth |
Copa Libertadores Data: 11/03/2009 Local: Estádio de La Independencia, em Tunja (Colômbia) Horário: 21h50min (de Brasília) Árbitro: Sergio Pezzota, auxiliado por Diego Romero e Ariel Bustos (trio da Argentina) Gol: Souza (G) Cartões amarelos: Réver, Léo, Adílson, Makelele e Alex Mineiro (G); Mahecha (B) Cartão vermelho: Mahecha (B) |
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