A abertura de 13 novos postos de vacinação contra a febre amarela em Santa Maria ajudou não só a prevenir a doença, mas também a diminuir outro mal que prejudica muito quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS): a demora.

Ao contrário da semana passada, quando filas gigantescas se formavam em frente a Unidade de Saúde Erasmo Crossetti, na Rua Floriano Peixoto, e no Hospital Universitário, agora a população também está procurando pelos outros postos de vacinação, diminuindo o tempo de espera para conseguir a dose.

A coordenadora do Setor de Imunização da prefeitura, Ana Motta, afirma que as filas não acabaram, mas que o problema reduziu muito. Só na Policlínica do Rosário, que vacinou no turno da manhã, foram imunizadas 450 pessoas ontem. Segundo Ana, ontem, foram vacinadas no posto da Floriano cerca de 4 mil pessoas, quase mil a menos que a média da semana passada.

Na Unidade de Saúde Roberto Binatto, na Vila Caramelo, a fila não chegou a descontentar quem esperava. O casal Francisco Müller, 41 anos, e Quely Mangini Müller, 34, comemorou o fato de poder procurar pela vacina perto de casa.

— Vimos, pela televisão, as filas que estavam se formando na Floriano. Elas eram muito longas, foi bom eles aumentarem os locais de vacinação. Agora, as pessoas têm de aproveitar porque a vacina é importante — afirma Francisco.

O casal também levou o filho Andrey, 4 anos, para ser imunizado. O menino sabia tão bem por que estava tomando a vacina que nem fez cara feia para ela:

— É para o mosquito não me pegar.

Como há mais locais fazendo a imunização, a partir de hoje a unidade Erasmo Crossetti reduz seu horário de atendimento.

— Estamos descentralizando as ações — explica Ana.

A coordenadora também orienta as mães que têm crianças de colo para serem vacinadas, e os idosos, que eles têm prioridade na vacinação. Nos postos em que não houver fila diferenciada, esse direito pode ser cobrado.

Segundo o secretário de Saúde e vice-prefeito, José Haidar Farret, a expectativa é aumentar ainda mais o índice de vacinação da semana passada, que foi de mais 50 mil imunizados (inicialmente, a secretaria estimava 30 mil pessoas). Ele pede que quem tiverem caderneta de vacinação, levem-nas no dia que forem tomar a dose porque isso diminui a burocracia para receber o medicamento e, com isso, agiliza as filas.

Para as empresas interessadas em vacinar seus funcionários, também há novidades. Aquelas que conseguirem enfermeiro ou técnico em enfermagem devidamente registrado no Conselho de Enfermagem, podem solicitar que a Secretaria de Saúde forneça as doses necessárias para a imunização.

Quem estiver interessado, deverá encaminhar um ofício para a Secretaria de Saúde informando o número de funcionários e o número do registro do profissional que aplicará a vacina. A imunização não poderá ser cobrada dos funcionários.