| 10/01/2009 17h47min
Se o coordenador das ações relativas à Copa do Mundo de 2014, Joceli de Souza, pode ser considerado o treinador de uma equipe de 50 pessoas que tem a responsabilidade de trazer o Mundial para Florianópolis, o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel é o dirigente que escolheu a dedo as pessoas que participariam deste importante projeto. E ele tem a consciência de que se a Capital for escolhida como sede o trabalho, que não será pequeno, estará apenas começando.
Knaesel concedeu uma entrevista do Diário Catarinense, na qual ele explica os diversos serviços que deverão ser agregados à cidade, além de melhorias na estrutura para receberem os jogos da Copa do Mundo. Isto, é claro, se ela estiver entre as 12 escolhidas. A divulgação do resultado sairá em março. Por enquanto, todos os esforços são direcionados ao planejamento, às parcerias e à ansiedade pela escolha da capital catarinense.
Diário Catarinense: Quais são os
benefícios que a realização da Copa do
Mundo em Florianópolis poderá trazer para a Capital?
Gilmar Knaesel: São dois os grandes resultados esperados. Primeiro, os investimentos em infraestrutura, tanto na área de futebol, que é ter um estádio em iguais condições a outros estádios brasileiros e da mesma forma a estrutura logística da cidade, tanto no que diz respeito a transporte, à melhoria de serviços na área de saúde, de segurança que será realizada até o início da Copa do Mundo. Em segundo, há a questão de visibilidade que a Copa do Mundo dará para a cidade e para o Estado. A Copa do Mundo atrai a maior mídia mundial e expõe a cidade a todos os continentes, traduzindo em uma oportunidade de retorno turístico que nenhum outro evento consegue agregar.
DC: Até que ponto o apagão no Estádio Orlando Scarpelli, na partida entre Figueirense e Fluminense, e o adiamento da licitação da construção do Aeroporto Hercílio Luz poderá prejudicar a candidatura de Florianópolis?
GK: Não atrapalha porque tivemos fatos
em outros estados. Não são fatos contínuos, são fatos isolados. Os detalhes do projeto da Arena Florianópolis prevêem um sistema de geradores para ficar como opção.
DC: Florianópolis sendo escolhida como sede haverá tempo suficiente para colocar em prática projetos como a implementação do metrô de superfície?
GK: Aí entra a segunda fase do nosso próprio Comitê Executivo que vai acompanhar e fiscalizar. A sede oficial de uma Copa do Mundo pode ser cancelada até o último minuto. Se no momento de acontecer os jogos não tivermos cumprido todos os nossos compromissos, nós poderemos perder a outorga e outra cidade ser contemplada. Então, a responsabilidade a partir da indicação é tão grande ou maior do que foi feito até agora.
Knaesel destacou infraestrutura e visibilidade como benefícios para Florianópolis
Foto:
Hermínio Nunes
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