| 29/12/2008 03h35min
Com alterações, é grande a chance de os projetos dos novos estádios do Grêmio e do Inter serem aprovados hoje à tarde pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Levantamento feito por Zero Hora com 32 dos 36 vereadores – cinco não foram localizados durante o feriadão– indica que 30 deles estão inclinados a votar favoravelmente, um está indefinido e um irá se abster.
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Mas o caminho até a aprovação não será tão simples. Embora o clima seja favorável, diante do consenso de que as obras são necessárias para garantir que a Capital seja uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, quase metade dos vereadores ouvidos por ZH defende a
necessidade de emendas para adequar pontos polêmicos.
Discutidas
em reuniões com a participação de integrantes da prefeitura e dos clubes, duas alterações ganham força entre diferentes bancadas. No projeto da Arena do Grêmio, por exemplo, uma tendência é encolher de 72 metros para 52 metros a altura máxima das construções, respeitando assim o limite permitido pelo Plano Diretor. No caso do Gigante para Sempre, do Inter, os vereadores pretendem assegurar o acesso público à orla do Guaíba, evitando a chamada privatização de áreas públicas.
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Outra intenção é garantir que os clubes se responsabilizem por medidas compensatórias, como a abertura de vias nos entornos para compensar o aumento de fluxo de veículos em pontos já
estrangulados, como a Azenha. Uma das bancadas mais articuladas
é a do PT, que apresentou projetos substitutivos aos originais para contemplar essas e outras modificações. Na sessão de hoje, os vereadores também vão decidir o futuro da atual área do Olímpico e do Estádio dos Eucaliptos.
— Queremos garantir tudo o que é necessário para o Inter, para o Grêmio e para Porto alegre sediar a Copa do Mundo, mas é necessário adequar as alturas e garantir contrapartidas dos clubes — afirma o petista Marcelo Danéris.
Apesar do impacto profundo nas regiões, nenhum entrave parece ser grande demais diante da força das duas paixões gaúchas, Grêmio e Inter. Até o vereador Beto Moesch (PP), um dos mais críticos ao projeto, espera aprová-los com a inclusão de ajustes que garantam, por exemplo, a preservação de áreas públicas.
Aproveitando o clima favorável, o vereador Bernardino Vendruscolo (PMDB) pretende trazer novamente à tona a discussão sobre o Pontal do Estaleiro, outro projeto polêmico envolvendo a orla do
Guaíba. Sua intenção é apresentar à
Comissão de Constituição e Justiça seu relatório defendendo a derrubada do veto do prefeito ao projeto do Pontal.
Um dos fatores que pesam para a aceleração da aprovação dos projetos dos clubes é a pressão do tempo. Pelo prazo da Fifa, Porto Alegre tem até 15 de janeiro para se credenciar a sediar os jogos.
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