| 24/10/2008 09h26min
A nadadora Rebeca Gusmão, que aguarda julgamento pelo caso de doping, está virando atacante. A atleta defenderá a Ascoop, no Distrito Federal, na Liga Nacional de Futebol Feminino, que será disputada de 4 a 19 de dezembro e terá equipes como Corinthians, Santos e Saad. As informações são da edição desta sexta do Correio Braziliense.
Em setembro, a nadadora foi suspensa por toda a vida pelo Painel de Doping da Federação Internacional de Natação (FINA). A decisão foi tomada em razão dos dois casos de doping da atleta, em 2006 e 2007. Rebeca foi punida com suspensão de dois anos, o que, acumulando, gera a exclusão do esporte. A brasileira alega que a punição ainda pode ser revertida em uma audiência que ainda não tem nada para ocorrer.
Todos os resultados obtidos pela nadadora a partir do dia em que recebeu sua primeira punição, em 18 de julho de 2007 - incluindo seu desempenho nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro -, perdem a validade.
– Quando eu era criança, já jogava futebol, mas estava um tempo sem treinar – disse a nadadora em entrevista recente ao GloboEsporte.com.
Rebeca, porém, ainda se recupera de uma fratura na tíbia, por estresse, sofrida há mais de um mês durante o campeonato universitário de futsal, no qual joga pela Ceub. A nadadora-jogadora garante que já poderá treinar na próxima semana e avisa: chega para vencer.
– Quando eu entro, independentemente da competição, entro querendo vencer. Tomara que isso chame a atenção da mídia para o futebol feminino – salientou a atacante.
Disputar competições internacionais, no entanto, está fora de cogitação. Segundo o presidente da comissão de médicos da Organização Desportiva Pan-Americana, Eduardo de Rose, uma pessoa banida de um esporte não pode atuar em outro.
– Você não é banida da modalidade, mas sim do esporte. Se você não está excluído e quiser mudar, tudo bem. Mas a partir do momento que a Fina bane, a Agência Mundial Antidoping (Wada) não permite que a pessoa mude de esporte. Isso é contra o código mundial antidopagem – explicou o médico.
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