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 | 03/10/2008 19h01min

Algemado, Hélio Castroneves paga fiança nos EUA

Piloto da Fórmula Indy está sob acusação de sonegação fiscal

O piloto brasileiro Hélio Castroneves, acusado de sonegação fiscal e evasão de divisas nos Estados Unidos, compareceu nesta sexta-feira à audiência junto à Corte Federal Americana em Miami para apresentar-se à Justiça do país. Com algemas nas mãos e correntes nos pés, o piloto da Fórmula Indy declarou-se inocente e teve de pagar fiança de US$ 400 mil (cerca de R$ 818 mil) para responder o processo em liberdade.

O piloto não pagou US$ 10 milhões, como foi noticiado inicialmente. Ele foi obrigado a assinar um termo de dívida nesse valor, mas na prática pagou o equivalente a R$ 400 mil.

Castroneves foi liberado sob a condição de não poder deixar os Estados Unidos enquanto o processo estiver em andamento.

O advogado do brasileiro, Mark Seiden, confirmou que pedirá a absolvição do seu cliente. Ao seu lado, Castroneves mostrava-se claramente abatido. Segundo a determinação da Justiça americana, o brasileiro não poderá viajar para fora do país nem mesmo a trabalho, o que o fará perder o GP de Surfers Paradise, na Austrália, em outubro.

A acusação sobre Castroneves é referente aos anos de 1999 a 2004. Como a condenação para cada ano é de até cinco anos de prisão, e mais cinco pelo crime de sonegação fiscal, o piloto pode ser sentenciado a até 35 anos de cadeia.

Outro advogado do brasileiro, David Garvin, também falou à imprensa, reforçando que seu cliente é inocente das acusações que lhe foram feitas.

— Hélio sempre esteve dentro da lei. Ele contratou contadores e advogados em quem confiava. Acreditamos fortemente que ele não fez nada errado, e estamos ansiosos pelo julgamento.

Além de Hélio Castroneves, sua irmã, Katiucia Castroneves, e o gerente e o seu representante e advogado Alan R. Miller, também foram acusados dos mesmos crimes. Eles não compareceram à audiência, mas pagaram fianças de US$ 2 milhões e US$ 250 mil (aproximadamente R$ 4 milhões e R$ 500 mil).

O advogado de Miller, Michael Tein, afirmou que os promotores do caso agiram de forma irresponsável ao tornarem o caso público, e garantiu que seu cliente tem uma reputação inatingível e acima de qualquer suspeita.

— Meu cliente sempre agiu dentro da lei. Ele é 1.000% inocente. Esse caso é um caso claro de assédio do governo a uma celebridade, para tentar colocar alguém famoso atrás das grades e conseguir espaço na imprensa.

As informações são do Globoesporte.com.

Matéria atualizada às 15h04min de 05/10/2008.

Ed Reinke, AP  / 

Piloto não poderá sair dos EUA enquanto o processo estiver em andamento e isso fará com que ele fique de fora do GP da Austrália
Foto:  Ed Reinke, AP


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