Os Jogos Olímpicos de Pequim contarão com a participação de 935 voluntários estrangeiros entre o total de 1,5 milhão que participará do evento.

— Não importa o quão diferentes que sejam ou sua procedência, o critério de seleção é o mesmo para todos e não consideramos nenhum outro — disse Li Shixin, subdiretor do departamento de voluntários do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog, em inglês).

O fato de os voluntários de fora de Pequim terem de custear sua passagem e estadia pode explicar a pouca presença de estrangeiros — alguns deles conseguiram um lugar para ficar graças a acordos de colaboração entre o Bocog e diferentes universidades.

Em vez dos 70 mil voluntários previamente anunciados, a capital chinesa terá 74.615 pessoas, recrutadas entre 98 países e regiões de todo o mundo. Outras 30 mil trabalharão nos Jogos Paraolímpicos, que ocorrem em seguida.

Também foram escalados 400 mil cidadãos voluntários, que oferecem informações em diferentes pontos da cidade, serviços de interpretação e ajuda de emergência nas imediações dos estádios. Para estes postos, 2,07 milhões de pessoas se candidataram.

Pequim contará com um milhão de voluntários sociais, cuja missão será, segundo o Bocog, "divulgar o espírito voluntário e o trabalho duro para criar uma atmosfera social forte de participação em massa para contribuir aos Jogos Olímpicos".

O voluntário mais velho é Sun Fangchui, de 87 anos. Ele trabalhará no Estádio Nacional, mais conhecido como Ninho de Pássaro.

De acordo com dados de Bocog, 1,12 milhão de pessoas enviou solicitação para trabalhar nos Jogos entre agosto de 2006 e março deste ano, sendo que 908.334 delas também se propuseram a estar nos Paraolímpicos.

Os escolhidos receberam treinamento de voluntários que participaram dos Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney, e 2004, em Atenas. Cada curso foi feito em função do local em que trabalharão.