| 09/07/2008 08h28min
Se houvesse radar no Beira-Rio domingo, Alex levaria multa e pontos na carteira. O seu chute no terceiro gol contra o Coritiba chegou a impressionantes 117 km/h. Os três gols marcados no domingo e a atuação de luxo afiançam a volta da boa fase do meia e trazem boas perspectivas contra o Goiás, nesta quarta, às 19h30min, no Beira-Rio.
O clicRBS acompanha a partida minuto a minuto.
A potência com a perna esquerda não é recente. Desde pequeno, Alex tinha facilidade para bater na bola, apesar de sempre ser franzino. Era o tipo de guri que, quando recebia um passe nas peladas, ouvia dos adversários o pedido cheio de pavor:
– Não deixa bateeeeer!!!
É verdade que o treinamento começou cedo, aos sete anos. Alex ainda morava em Santa Amélia, cidade onde nasceu no
interior do Paraná, quando entrou na escolinha da cidade. João Gordo, o técnico, mandava a gurizada
chuter uma bola de futsal recheada com um areia. A idéia era desenvolver os músculos da coxa.
Além do treino puxado de João Gordo, Alex assistia aos gols de Marcelinho Carioca pelo Corinthians. Quando virou titular do Guarani, trocou idéias com Marcelinho sobre como bater na bola. Mas o grande mestre foi Neto, outro ex-ídolo corintiano.
Revelado pelo Guarani, Neto assistia aos treinos no Estádio Brinco de Ouro da Princesa. Em suas visitas, conversava com os garotos das categorias de base, entre eles Alex. Exímio cobrador de faltas e dono de chute certeiro de pé esquerdo, Neto dava dicas aos meninos.
– Ele nos dava referências. Bater na bola é fácil, mas você precisa de referências seja batendo forte, colocado ou com bola rolando – ensina Alex.
O jogador conta que o golaço de domingo foi espécie de desafogo:
– Chutei de raiva, na verdade. Havia batido umas quatro vezes.
De qualquer
forma, o "chuta-chuta" dos treinos recreativos, como é chamado pelos
companheiros, está com o pé esquerdo calibrado. Ontem, demorou cinco minutos no rachão para Alex fazer um golaço. Depois de receber o passe, olhou para o gol, ajeitou para a esquerda e acertou o ângulo.
– Quando estou perto da área e vejo o gol aberto, quero logo chutar – admite.
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