| 21/06/2008 05h46min
Ficou para trás a época em que Roger integrava a turma do chinelinho, o grupo de jogadores que passa mais tempo sob cuidados médico do que em campo. Amanhã, contra o Atlético-PR, o meia que chegou ao Olímpico sob desconfiança, completa sua 21ª partida pelo Grêmio. Apenas sete a menos do que o lateral-direito Paulo Sérgio, o recordista da temporada.
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O segredo é a estrutura de trabalho do Olímpico. Contratado dia 17 de janeiro, ele estreou quase um mês depois. A espera foi bem aproveitada.
Primeiro, fisiologistas e fisioterapeutas levantaram
seu histórico de lesões musculares. Só no Flamengo, em 2007, havia sofrido cinco
contraturas. Foi quase um trauma.
— Ele temia movimentos de muita aceleração — revela o fisioterapeuta Henrique Valente, do Grêmio.
Adotou-se, então, uma série de treinos: ampliação dos movimentos articulares, reforço de musculação e trabalho de velocidade e potência, aos quais se submete "com muito profissionalismo", como diz Valente.
— Tive o tempo necessário para me preparar. Depois que passei a jogar, fiquei fora apenas de uma partida (dia 24 de fevereiro, contra o Esportivo, em Bento Gonçalves), devido a dores musculares — orgulha-se Roger.
A fama de freqüentador de departamentos médicos cresceu após fratura na perna direita, dia 30 de outubro de 2005, no Corinthians. Ficou cinco meses parado e voltou com musculatura propensa a lesões. Ainda assim, jogou mais de cem vezes pelo Corinthians.
No Flamengo, de agosto a dezembro de 2007, atuou só 15 partidas, de novo por causa de lesões
musculares. Foi comparado a Fábio Baiano, Felipe e Leo Lima, membros
involuntários da turma do chinelinho.
— É por isso que não posso me descuidar. Uma lesão acarreta outras.
Roger vence antigos problemas musculares após cumprir à risca trabalhos de recuperação
Foto:
Wildes Barbosa, AE
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