| 19/06/2008 00h53min
O técnico da Seleção Brasileira, Dunga, considerou a saída do meia Anderson do time um dos fatores que determinaram o empate sem gols com a Argentina, na partida realizada nesta quarta no Mineirão pelas Eliminatórias à Copa do Mundo de 2010. Para o treinador, o time perdeu em velocidade após a saída do ex-jogador do Grêmio, que foi substituído por Diego.
– Nós perdemos o Anderson. Com ele em campo, nós tínhamos velocidade, e criamos as oportunidades. Depois, não conseguimos dar a transição. Tentamos fazer uma mudança para conseguir isso e, no último lance, conseguimos a passagem, mas tivemos dificuldades no último passe – declarou o técnico.
Dunga explicou também as outras alterações que realizou durante a partida: as trocas de Adriano por Luis Fabiano, aos 26 minutos do segundo tempo, e de Diego pelo lateral-direito Daniel Alves, aos 35.
– No segundo tempo, tentamos colocar um centroavante inteiro, para termos maior movimentação. E depois, infelizmente, tive de trocar o Diego, porque perdemos velocidade, não conseguimos encaixar essa velocidade e o time estava sofrendo um pouco. Tentamos colocar o Daniel, um jogador que marca no meio e também sai em boa velocidade – disse o treinador.
Partidas atípicas
Dunga entende as cobranças da torcida, e garante que trabalha para a Seleção Brasileira trabalha para ter uma melhora no rendimento. Porém, ele lembrou que os jogadores, em sua maioria, atuam no futebol europeu, e neste momento estão de férias em seus clubes.
– Os jogadores se empenharam. Mas os campeonatos deles já tinham acabado há bastante tempo, estas duas partidas que nós tivemos foram atípicas – disse o treinador.
Fale com o chefe
Dunga mostrou irritação ao ser questionado sobre o risco que o resultado desta quarta pode representar para sua permanência no comando da Seleção. Irônico, o treinador disse para a jornalista autora da pergunta falar com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
– Eu não gosto de falar muito sobre a minha pessoa, mas você é uma menina inteligente e deve ter visto meus números na Seleção – disparou o técnico. – Esta pergunta foi endereçada à pessoa errada. Tem de falar com o (presidente da CBF) Ricardo Teixeira, que é o chefe – acrescentou.
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