O próximo desafio do Figueirense é o Flamengo, sábado, no Maracanã. O torcedor olha para trás na tabela, analisa a quantidade de gols que o time levou fora de casa e vê motivos para temer pelo pior: foram nove sofridos e cinco marcados; uma derrota e um empate em dois jogos longe da torcida. Situação que o técnico Guilherme Macuglia tentará reverter para conquistar a primeira vitória no comando do Furacão.

Uma análise ainda mais ampla, computando os dois primeiros jogos longe do Scarpelli nas edições anteriores do Brasileiro, revela uma tendência. Um único ponto somado é normal; o que difere das outras campanhas é o índice de gols sofridos. Com relação à pontuação, por cinco vezes o Figueira teve o mesmo desempenho de agora. Só em 2004 (ver box abaixo) a situação foi diferente.

Já quando o assunto são os gols sofridos, aí a coisa complica. O máximo de gols que a defesa alvinegra havia sofrido nos dois primeiros jogos fora de casa nas edições anteriores eram quatro, em 2005. Ao longo da campanha, o alvinegro chegou a estar ameaçado de rebaixamento e só se recuperou no final da temporada.

O pior é que uma espiadinha nas estatísticas dos terceiros jogos em campo inimigo não ajuda em nada. Só teve vitória sobre o Inter, em 2006. Mas se quiser continuar pensando alto, o Figueirense precisa começar a somar pontos em estádio alheio. O meia Rodrigo Fabri acredita num bom resulstado.

— Vai ser um jogo muito difícil. Este é o melhor Flamengo que eu vi jogar nos últimos anos. Mas nós temos uma boa equipe, que pode fazer frente e surpreender — avalia.

O grupo treinou em dois períodos, nesta quarta-feira. O técnico Guilherme Macuglia aproveita todo o tempo possível para imprimir o mesmo ritmo que impôs ao seu ex-clube, o Guaratinguetá, no Campeonato Paulista. Em 10 jogos fora de casa, Macuglia venceu sete, empatou outro e perdeu apenas dois.