| 02/06/2008 14h06min
O ex-técnico Ary Vidal, que comandou o Brasil na conquista do ouro no Pan de 1987, não está nada satisfeito com os rumos do basquete brasileiro. Entre os homens, a seleção de basquete não disputa uma Olimpíada desde 1996. Vidal não tem dúvidas na hora de eleger o grande vilão da modalidade.
– Com o Grego, não tem jeito. Esse aí é o pior de todos – afirmou o ex-treinador ao Globoesporte.com se referindo ao presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Bozikis.
Enquanto Flamengo e Brasília decidem o título brasileiro em um campeonato marcado pela ausência dos clubes paulistas, que romperam com a confederação, Vidal disse não acreditar na união do basquete nacional.
– Não acredito nessa união. E lamento profundamente. É uma pena essa divisão. Flamengo, Brasília, Minas (da CBB), Franca, Paulistano, Assis e Limeira (da Supercopa) poderiam fazer um campeonato de nível. Mas está tudo errado, começando pelo presidente da confederação. Não temos dirigentes, não temos técnicos, não temos jogadores. Temos alguns, claro, mas não dá para comparar, por exemplo, com uma Argentina – critica, citando o país vizinho, atual campeão olímpico.
A desorganização fora da quadra deixa Ary Vidal sem base para avaliar as chances da seleção no Pré-Olímpico de Atenas, que vale três vagas nos Jogos de Pequim.
– Não sei se dá. A gente nem tem toda a seleção. Nenê não sabe se joga, Leandrinho não sabe se joga – afirma o ex-técnico, que levou o Brasil ao quinto lugar nos Jogos de Seul (1988) e à sexta colocação em Atlanta (1996), na última vez que a seleção masculina disputou uma Olimpíada.
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