| 21/05/2008 19h17min
O Manchester United faturou pela terceira vez o título da Liga dos Campeões. Em uma final inglesa e com alto teor de rivalidade, realizada no Estádio Luzhniki, em Moscou, o time comandado pelo técnico Alex Ferguson levou a melhor sobre o Chelsea, depois de o tempo normal e a prorrogação terminarem empatadas em 1 a 1. A decisão emocionante acabou sendo nas cobranças de pênalti, com cobranças desperdiçadas de Cristiano Ronaldo, pelo Manchester, e de John Terry, pelo Chelsea, que escorregou na hora de chutar.
Mas o primeiro tempo foi dele, Cristiano Ronaldo. Atuando pela esquerda, incomodou a defesa londrina com o posicionamento e com os dribles. Bem que tentou colocar os companheiros, principalmente Tevez, na cara do gol, mas foi dele o gol de abertura da partida, aos 26 minutos.
O Chelsea sentiu desde o início a pressão e não conseguia espaço para respirar – quanto menos criar jogadas. As chegadas ao ataque eram apenas contra-ataques rápidos. Quem teve um trabalho fundamental essa primeira etapa foram os goleiros. Van der Sar evitou um gol contra no cabeceio de Ferdinand, que estava pressionado por Ballack. No minuto seguinte, Petr Cech espalmou um cabeceio à queima-roupa do argentino Tevez e do chute de Hargreaves que veio no rebote da entrada da área. Foi um lance espetacular.
A igualdade só veio no fim do primeiro tempo. Essien resolveu arriscar de longe. A bola bateu nas costas da zaga e sobrou dentro da área para Lampard bater na saída do goleiro.
Na volta dos vestiários, com times iguais, o Chelsea chegou a ter um volume de jogo superior e quase virou o placar. Aos 33 da etapa final Drogba mandou um chute de fora da área e acertou o poste, na melhor oportunidade da etapa complementar.
O tempo extra
A igualdade levou a final da Liga para a prorrogação e, logo na abertura do tempo extra, o alemão Ballack ajeitou a bola dentro da área para Lampard, que girou sobre o marcador e chutou. O travessão do goleiro holandês Van der Sar evitou de novo o gol do Chelsea.
Nos 15 minutos finais e já no bagaço – o esgotamento físico de ambas equipes ficou evidente –, o clima no gramado ficou tenso, teve empurra-empurra e a expulsão do marfinense Drogba por ter dado um tapa no zagueiro Vidic, de atuação segura e irreparável. O árbitro Lubos Michel ainda distribuiu cartões para Ballack e Tevez no episódio.
As penalidades
Ninguém mais tinha gás para levar seus times ao ataque. Foi nos segundos finais que entraram os brasileiros Anderson, no Manchester, e Belletti, herói do Barcelona na final da Liga 2005/2006 contra o Arsenal, no Chelsea. Não chegaram a tocar na bola, mas garantiram vaga nas listas de batedores de pênaltis.
Em uma final totalmente sem favorito, uma decisão "lotérica", como dizem. Se Cristiano Ronaldo foi quem ditou e mandou as ações do jogo, quase virou vilão. Ele foi o terceiro a chutar e teve a cobrança defendida por Cech. Anderson, ex-Grêmio, optou por bater com força em vez de estilo e mandou no meio, garantindo o Manchester na disputa. Mas o lance mais bizarro foi do zagueiro e capitão do Chelsea, John Terry. O pé de apoio do defensor londrino escorregou na hora de bater na bola, que foi direto para a linha de fundo.
Nas séries alternadas, o experiente galês Giggs converteu, mas Anelka parou nas mãos do competente Van der Sar e determinou o resultado final de 6 a 5 para o Manchester nas penalidades.
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