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 | 12/05/2008 08h36min

Vitória na estréia no Brasileirão reanima o Grêmio

Boa atuação contra o São Paulo mudou o ambiente no Tricolor

Não havia poltrona disponível, sábado à noite, no saguão do Caesar Business, hotel da Avenida Paulista em que o Grêmio estava concentrado. Recém chegados do Morumbi, os dirigentes ocuparam os assentos para assistir às imagens da vitória de 1 a 0 sobre o São Paulo.

Apelidada de tropa de elite da política do Grêmio, a comitiva de dirigentes incluiu até o presidente do Conselho Deliberativo, Raul Régis de Freitas Lima. Um dos responsáveis pela permanência de Celso Roth, em meio aos protestos da torcida pela eliminação no Gauchão e na Copa do Brasil, Régis insistiu em levar seu apoio ao técnico e ao presidente Paulo Odone.

– E aí, como a vitória repercutiu lá em Porto Alegre? – perguntou, ao notar a chegada da equipe da Rádio Gaúcha ao local.

Krieger busca centroavante

Animado com a atuação de jovens como Rafael Carioca, 18 anos, e Helder, 19, o diretor de futebol, André Krieger, comemorava, também, a possibilidade de poder pensar com um pouco mais de calma nos reforços. A prioridade é um centroavante. O atacante Perea, que não faz gol desde 20 de março, foi um dos poucos que não receberam elogios.

Nenhum jogador circulou pelo local. Celso Roth jantou com os jogadores e subiu para seu quarto. De folga, Roger viajou para o Rio. Victor, Pereira e Paulo Sérgio foram rever familiares em São Paulo.

Mobilização dos jogadores e da torcida

A corrente pela reabilitação do time envolveu mesmo os que não jogaram. O atacante André Luís, cujo nome sobrou até mesmo na lista dos reservas, vibrou no camarote cedido ao Grêmio como se estivesse em campo. O mesmo ocorreu com o atacante Reinaldo. Ainda em recuperação de lesão no joelho direito, pagou do próprio bolso sua passagem e foi a São Paulo torcer pelo time.

Pelo menos 700 gremistas foram ao estádio. Fizeram uma batucada tão intensa que chamaram a atenção dos repórteres paulistas que trabalhavam dentro do campo. E pareceram mais numerosos do que os 7 mil são-paulinos espalhados pelas cadeiras vermelhas, azuis e amarelas do estádio.

No domingo, a alegria prosseguiu no vôo que trouxe a delegação de volta a Porto Alegre. Tudo virou motivo para comemoração. Até o fato de não ter ocorrido atraso na decolagem.

– Até o vôo está no horário certo. Que fase! – sorriu André Krieger, preocupado apenas com o fato de ter perdido a voz.

No banco de trás, um torcedor falou:

– Só falta agora "eles" (Inter) perderem quarta-feira para o Sport. Aí, tudo estará de novo em seu lugar.

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